A defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, preso por envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, entrou com pedido de liminar na Justiça de São Paulo para impedir que um documentário sobre o caso seja exibido em uma rede de TV a cabo nesta terça-feira (19) à noite. Advogados do atleta alegam que não têm conhecimento sobre o conteúdo do programa. Eles temem que o documentário julgue e condene Bruno pelo assassinato de Eliza, com quem ele teve um filho, Bruninho, com dois anos e meio atualmente.
Além de impedir a exibição do documentário “Até que a morte nos separe”, episódio “Penalidade Máxima”, o advogado Eduardo Pimenta solicitou à Justiça paulista fixação de uma multa de R$ 100 mil à emissora A&E caso a produção seja veiculada na TV e em seu site. O corpo de Eliza não foi encontrado. Ela desapareceu há dois anos e Bruno nega participação no assassinato.
O episódio “Penalidade Máxima” está previsto para ser exibido às 23h desta terça-feira, pelo canal A&E, emissora fechada de TV a cabo. “Até que a morte nos separe” é uma série “sobre os crimes passionais mais impressionantes já ocorridos no Brasil”, explica a sinopse do programa em site. E continua: “Em cada episódio, é analisado um dos assassinatos que chocaram o País, que tiveram como protagonistas um homem, uma mulher e uma história de amor, e que geraram grande repercussão na mídia”.
Na descrição veiculada pelo canal em seu site, o episódio da série envolvendo Bruno é classificado como um “crime que chocou o País em virtude da crueldade de seu mandante. A história envolve o assassinato e esquartejamento de Eliza, ex-amante do goleiro Bruno, reconhecido em seu clube, o Flamengo, e cotado para defender a seleção brasileira em 2014”.
Entre os depoimentos a serem exibidos no documentário estão do delegado Edson Moreira, da delegada Alessandra Wilke e do advogado da mãe de Eliza Sônia Fátima Moura, José Artero, entre outros. A emissora ainda não se pronunciou sobre a polêmica.
O pedido de liminar para impedir a exibição do episódio deve ser analisado nas próximas horas, avalia o advogado Eduardo Pimenta. Ele explica que o pedido de multa justifica-se pela exploração indevida da imagem de Bruno. Uma outra ação para tentar impedir a exibição já havia sido proposta à Justiça de São Paulo, mas não houve decisão favorável.
“Estão usando a imagem dele (Bruno) sem autorização e no site, ao lado da foto de Bruno, há propaganda de um perfume. Estão ganhando dinheiro em cima da imagem dele. O processo é feito de acusação e defesa”, afirma o defensor do ex-goleiro, negando que a emissora tenha procurado ouvir a versão de Bruno sobre o desaparecimento de Eliza.
No documentário, há previsão de depoimento do advogado Cláudio Dalledone, descrito no site da A&E como atual advogado de Bruno. Dalledone, entretanto, deixou a defesa do atleta em dezembro de 2011.
IG
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