A Paraíba está completamente dominada pela bandidagem. Por maior que seja o esforço do secretário de Segurança Pública, Claudio Lima, do governador Ricardo Coutinho (PSB) e da imprensa orientada pelo Palácio da Redenção, não há como camuflar uma situação que está levando os paraibanos ao desespero.
Todos estamos assustados, para não dizer em pânico. Entregues à própria sorte. As mortes se multiplicam, as agressões são constantes e os assaltos se repetem; os marginais estão por toda parte, na rua, no ônibus, na escola. É um salve-se quem puder.
Fique atento para um detalhe: a mídia orientada pelo governo é da opinião de que temos pouca violência. Temos, sim (admite), mas muito pouca; que a situação está sob controle; que o maravilhoso governador do Estado equipou a Polícia, fez isso e aquilo. Mas, esta mesma mídia quando vai dar as notícias, desmoraliza a sua própria opinião: são inúmeros assaltos, assassinatos, agressões físicas, bandos com caixas eletrônicos estourados.
É difícil acreditar, mas é verdade: Serraria, minha terra, e cidade mais pacata do planetas, foi sobressaltada na madrugada desta quarta-feira com uma explosão que destruiu totalmente um prédio e danificou os da vizinhança: sete homens e uma mulher dinamitaram o Banco do Brasil local. Só ficou o pó. A bandidagem levou o que pode. Homens fortemente armados, levaram a grana quase toda. Montaram nas motos, partiram na direção da cidade de Arara.
Tá difícil de acompanhar o noticiário, seja em qualquer tipo de mídia. É violência demais, na Paraíba. Bandidos que cometem crimes e mais crimes e estão perambulando pelas ruas, fazendo maldadas.
O povo, que paga impostos caros, vive em pânico e o Estado não oferece qualquer resposta. Só balela, muita balela, números mentirosos sobre a violência pra não comprometer a imagem de mau gestor de Sua Excelência o governador Ricardo Coutinho.
É bom que a Paraíba se lembre: durante a sua campanha e, sobretudo, no guia eleitoral de TV, o então candidato a governador, Ricardo Coutinho, reiteradas vezes reclamava da violência da Paraíba (que era infinitamente menor que hoje) e prometia que, em apenas seis meses, tudo estaria resolvido.
Mas isso só acontece porque os homens públicos sabem que, na campanha, o eleitorado cede aos encantos dos candidatos em troca de 100 reais, de uma dentadura, de um óculos ou uma colocação no serviço público…
Por Wellington Farias