Na terça-feira (26), o G1 publicou o caso de uma leitora de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que encontrou uma larva em um bombom sabor guaraná da marca Cacau Show. O caso teve grande repercussão e incitou outros relatos do tipo, como o da coordenadora de recursos humanos Giseli Delacqua, de Campinas, no interior de São Paulo. Ela comprou um chocolate Ouro Branco em uma loja de Paulínia (SP) e também encontrou um bicho no bombom.
“O chocolate estava dentro do prazo de validade, porém veio dessa forma”. Matheus afirma que a compra foi feita no dia 11 de março, e que no mesmo dia entrou em contato com a fabricante Arcor. “No dia 18, eles mandaram um representante em casa. Ele recolheu [o chocolate com problema] e deixou outro”, relata. “A atendente disse que era esse o procedimento e que não podia fazer mais nada”, completa o leitor, ressaltando que não recebeu maiores esclarecimentos da empresa.
Resposta da Arcor: em nota, a empresa afirma que "todos os seus chocolates são produzidos e entregues aos consumidores em conformidade às boas práticas de fabricação estabelecidas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), bem como cumprem os requisitos legais estabelecidos na legislação brasileira por meio dos órgãos competentes. O consumidor recebeu pronto atendimento da Central de Relacionamento da empresa, de acordo com os procedimentos previstos no Código de Defesa do Consumidor".
"A Arcor ressalta também que tem como procedimento e conduta interna contatar o consumidor(a), após o período concluído da análise da amostra coletada, e esclarecer dúvidas que se façam necessárias. A empresa coloca à disposição a Central de Relacionamento com o Consumidor pelo telefone 0800-0558450 ou pelo e-mail: aquiarcor@arcor.com", finaliza o texto.
A estudante Dayana Bege Magalhães também fotografou larvas espalhadas em uma caixa de bombons comprada na segunda-feira (25) em uma loja de rua em São João de Meriti (RJ).
O pai da leitora, Arley de Souza Magalhães Filho, descreve que, assim como a caixa, os bombons também tinham bichos vivos. “Quando ela virou a caixinha, tinha um negócio igual a uma teia de aranha dentro da caixa”, complementa.
O mecatrônico explica ainda que a família costuma comprar com frequência os chocolates da marca Diatt e nunca havia encontrado esse problema nos produtos. “Eu liguei [para o fabricante] ontem [segunda-feira (25)], eles não retornaram. O atendente falou que ele não poderia resolver nada, mas que iriam me ligar hoje [terça-feira (26)]. Não ligaram o dia inteiro”, reclama.
O fotógrafo Carlos Mesquita, de São Paulo, também teve problemas com um chocolate da mesma marca. O leitor comprou em um supermercado no Cambuci uma caixa com 12 unidades, das quais comeu oito. Quando foi abrir um dos doces na quarta-feira (27), encontrou larvas no produto.
Resposta da Diatt: de acordo com a análise da Spali, companhia responsável pela fabricação dos chocolates Diatt, "percebe-se que provavelmente pode ser uma larva de uma traça do gênero Ephestia (também chamada de 'borboletinha do chocolate')".
Segundo nota da empresa enviada ao G1, "este gênero adora chocolate e cereais e usa estes alimentos como meio para se reproduzir. Como o ciclo de vida deste inseto é muito pequeno (3 meses, sendo que o estágio de larva dura de 4 a 5 semanas), dependendo da data de fabricação é provável que o inseto não tenha saído da fábrica e sim 'invadido' o produto nos pontos de distribuição".
A Spali diz que “até o presente momento, os clientes em questão não entraram em contato com a empresa”, e que para analisar os fatos precisaria das amostras afetadas. O comunicado informa ainda que "a Spali está a disposição para dar todo o suporte necessários aos clientes envolvidos", e que fará "o reembolso e/ou reposição dos produtos assim que os clientes entrarem em contato com nosso serviço de atendimento ao cliente (SAC) pelo telefone 0800 704 0388 ou e-mail sac@spali.com.br". A empresa conta que "implementou e mantém um programa de Boas Práticas de Fabricação, o que inclui monitoramentos dos processos de higienização das instalações e um sistema de controle de pragas".
G1
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