A Paraíba vai encaminhar à presidente Dilma Rulssef uma carta aberta solicitando liberação imediata da verba federal no valor de R$ 32 milhões para o enfrentamento ao crack e outras drogas, cuja pactuação conta com a participação de outros 10 Estados brasileiros. A decisão da elaboração da carta ocorreu depois que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) afirmou que o Estado seria contemplado com recursos federais, mas logo depois comunicou que a liberação só aconteceria após as eleições municipais.
Segundo a secretária da Sedh, Cida Ramos, o apelo será feito para que no próximo dia 7 de agosto, quando serão pactuados recursos federais para o enfrentamento ao crack no Brasil, a Paraíba também seja incluída.
"Nós recebemos um telefonema do MDS dizendo que a Paraíba estava incluída entre os 10 estados que receberiam dinheiro para o enfrentamento às drogas. Depois, recebemos outro telefonema arguindo que esta pactuação ficaria para depois das eleições. Nós queremos entender que esta questão não pode ter interferência política”, frisou.
Luta de todos – Ela destaca que a luta pelo combate ao crack tem o apoio do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Igreja, poder legislativo, comunidades terapêuticos para unir a Paraíba em defesa da população.
"A população não pode esperar mais cinco ou seis meses para que os recursos cheguem por conta de eleição ou por qualquer interferência que haja neste campo. Então estamos conclamando o prefeito, os senadores, os parlamentares paraibanos, todas às instâncias políticas para que unam forças solicitando à presidenta Dilma que coloque a Paraíba como prioridade no enfrentamento ao crack”, afirmou.
Para a professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Socorro Vieira, que também colaborou para a construção do Plano e participou da elaboração da carta, é difícil entender os critérios do Governo Federal que o Plano da Paraíba que foi entregue em maio e aprovou o projeto e agora afirmar que o Estado só poderá receber o recurso depois.
"Nossa intenção é que as ações sejam executadas, que o problema do consumo do crack seja enfrentando e minimizado. Uma notícia dessas de que o Plano num momento é contemplado e no outro deixa de ser, por questões que não se tratam da consistência dele e sim questões secundárias, é lamentável”, disse.
A professora destaca ainda que a comissão trabalhou um ano para a construção do Plano, que teve o empenho de toda a sociedade com propostas consistentes que beneficiarão toda a população. "Muitas ações estão sendo executadas pelo Sistema de Segurança, os Caps, o Sistema de Saúde, pela Assistência Social, mas é preciso reforço financeiro para que as demais ações de fato se concretizem”, concluiu.
Secom-PB
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