Secretário da ONU recua após dizer que faltava ambição a documento final
O discurso ocorreu quando as críticas generalizadas sobre o documento final causaram desconforto ao governo brasileiro. Assim como aconteceu na quarta, diversos protestos ocorreram no Rio no segundo dia da cúpula.
O desacordo entre chefes de Estado e sociedade civil levou representantes de movimentos sociais, como o MST (Movimento Sem Terra) a realizar passeata no centro do Rio. Também na quinta, cerca de 400 índios de 30 etnias se concentraram do lado de fora do Riocentro (onde acontece a cúpula) contra o documento final da Rio+20.
Foram retiradas do texto base - de 59 páginas, seis capítulos e 287 itens -, por exemplo, propostas como fundo de US$ 30 bilhões para políticas sustentáveis. O tema dividiu países em desenvolvimento e nações ricas. O texto destaca também a necessidade de os países fortalecerem as parcerias para a transferência de tecnologia limpa. Mas não há detalhamento, pois a questão também divide os países.
Mesmo diante das insatisfações, alguns ambientalistas enxergam luz no fim do túnel e esperam que alterações no texto possam acontecer até o último momento da conferência.
De acordo com a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o relatório elaborado para ser apresentado aos chefes de Estado na conferência não atende à urgência que o mundo está atravessando, porém ela acredita que um apelo aos líderes mundiais ainda pode promover mudanças.
— Mais uma vez foi adiado o inadiável. Devemos continuar apelando aos líderes que podem com certeza ainda fazer a diferença, até o último momento.
R7
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