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Victor Mateus

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sob críticas, texto da Rio+20 será anunciado nesta sexta




Sob críticas, texto da Rio+20 será anunciado nesta sextaSecretário da ONU recua após dizer que faltava ambição a documento final

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-Moon, deve anunciar na tarde desta sexta-feira (22), último dia da cúpula dos chefes de Estado na Rio+20, o documento final da conferência. O texto, aprovado por representantes de governo no começo desta semana e cujas negociações foram comandadas pelo Brasil, não deve sofrer alterações para não quebrar o consenso alcançado.

No segundo dia da reunião dos chefes de Estado na Rio+20, Ban Ki-moon voltou atrás em declaração que fez na quarta-feira (20). Na ocasião, ele afirmou que “esperava que o documento final da conferência tivesse umconteúdo mais ambicioso”. Já um dia depois, o secretário-geral disse que o texto satisfaz os três pilares dos objetivos da conferência, sinalizando que o documento final será anunciado sem mudanças.

— Este é um documento final contendo pacotes amplos, ambiciosos e práticos para o desenvolvimentosustentável, garantindo os três pilares dos nossos objetivos: equidade social, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental.

O discurso ocorreu quando as críticas generalizadas sobre o documento final causaram desconforto ao governo brasileiro. Assim como aconteceu na quarta, diversos protestos ocorreram no Rio no segundo dia da cúpula.

O desacordo entre chefes de Estado e sociedade civil levou representantes de movimentos sociais, como o MST (Movimento Sem Terra) a realizar passeata no centro do Rio. Também na quinta, cerca de 400 índios de 30 etnias se concentraram do lado de fora do Riocentro (onde acontece a cúpula) contra o documento final da Rio+20.

Foram retiradas do texto base - de 59 páginas, seis capítulos e 287 itens -, por exemplo, propostas como fundo de US$ 30 bilhões para políticas sustentáveis. O tema dividiu países em desenvolvimento e nações ricas. O texto destaca também a necessidade de os países fortalecerem as parcerias para a transferência de tecnologia limpa. Mas não há detalhamento, pois a questão também divide os países.

Mesmo diante das insatisfações, alguns ambientalistas enxergam luz no fim do túnel e esperam que alterações no texto possam acontecer até o último momento da conferência.

De acordo com a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o relatório elaborado para ser apresentado aos chefes de Estado na conferência não atende à urgência que o mundo está atravessando, porém ela acredita que um apelo aos líderes mundiais ainda pode promover mudanças.

— Mais uma vez foi adiado o inadiável. Devemos continuar apelando aos líderes que podem com certeza ainda fazer a diferença, até o último momento.



R7

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