Alderico Rocha Santos passará a atuar no caso, após dois deixarem posto. Juiz que mandou prender diz ter sofrido 'ameaça velada' de policiais.
Titular da 5.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, especializada na área criminal, Rocha Santos é o terceiro juiz chamado para o caso.
O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela Operação Monte Carlo e que determinou a prisão de Cachoeira no fim de fevereiro, pediu para deixar o processo após relatar ter sofrido ameaças. O substituto, Leão Aparecido Alves, não assumiu por razões de "foro íntimo", por manter relação próxima com um dos denunciados.
De acordo com nota divulgada pela assessoria do TRF 1, Alderico Rocha Santos deverá também acumular as funções da 5ª Vara. O processo sobre Cachoeira pertence à 11ª Vara.
O novo juiz terá que ler os 53 volumes do processo antes de tomar qualquer decisão.
'Ameaça velada'
A Operação Monte Carlo, comandada pela Polícia Federal, investigou relações entre agentes públicos e quadrilha que atua na exploração do jogo ilegal em Goiás. As investigações levaram à prisão, entre outros, de policiais militares do estado.
Moreira Lima também diz que delegados da PF alertaram que ele corre maiores riscos no segundo semestre, "quando poderá ocorrer alguma represália pela atuação no processo". Para o magistrado, aumenta o nível de periculosidade da quadrilha o fato de que "há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo da Operação Monte Carlo".
Escolhido para suceder Moreira Lima, o juiz Leão Aparecido Alves recusou o caso por ser amigo de José Olímpio Queiroga Neto, suspeito de comandar esquema de jogos ilegais sob o comando de Cachoeira.
G1
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