Ao menos 195 moradores de rua foram assassinados no Brasil entre fevereiro de 2011 e maio de 2012.
Os dados, do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (CNDDH), revelam apenas uma parte do problema, porque o acompanhamento e o atendimento à população de rua são falhos.
Estes comitês estão previstos no decreto que estabeleceu a política nacional para a população de rua. No entanto, a adesão ao decreto ainda é quase nula.
Maria Cristina Bove, da Pastoral Nacional do Povo de Rua, defende que o governo coloque recursos no orçamento para incentivar adesões. Um dos temores é o de que sejam colocadas em prática no Brasil políticas sociais higienistas por ocasião da Copa do Mundo de 2014.
Para Bove, o ideal seria que as adesões ocorressem até o final do ano. "Senão, vai ser muito violenta [a situação na Copa]. As operações de higienização estão na pauta do dia", disse.
Folha
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