O secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, afirma que para lidar com esse cenário preocupante são necessárias políticas de mitigação, através de acordos internacionais, e de adaptação, em nível nacional, que defendam as populações mais vulneráveis.
Cerca de 300 pesquisadores participaram da elaboração do relatório. Mesmo com redução das chuvas em geral, o estudo aponta para a tendência de eventos mais extremos. O documento alerta, por exemplo, para o impacto de chuvas intensas nas áreas urbanas devido, entre outros fatores, à falta de planejamento e infraestrutura, o que torna as cidades mais sujeitas a enchentes e deslizamentos de encostas.
Mais informações sobre o relatório estão disponíveis no site www.pbmc.coppe.ufrj.br,
Segue abaixo um resumo das tendências apresentadas no documento para cada bioma:
- Amazônia: redução de 10% na distribuição de chuva e aumento de temperatura de 1,0ºC a 1,5ºC até 2040; redução de 25% a 30% nas chuvas e aumento de 3,0ºC a 3,5ºC na temperatura de 2041 a 2070; e clima ainda mais seco (redução de 40% a 45% nas chuvas) e quente (aumento de 5,0ºC a 6,0ºC na temperatura) para 2071-2100. Se confirmadas, tais mudanças podem comprometer a Floresta Amazônica.
- Mata Atlântica - Porção Nordeste: aumento relativamente baixo nas temperaturas de 0,5ºC a 1,0ºC e decréscimo nas chuvas em torno de 10% até 2040; mantendo-se a tendência de aquecimento entre 2,0ºC e 3,0C e redução pluviométrica entre 20% e 25% no período seguinte; esperando-se aquecimento intenso, de mais 3,0ºC a 4,0ºC, e redução de 30% a 35% nos padrões de chuva no final do século.
Ascom
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