Durante os dias 14 e 15 da próxima semana, será realizado, no Fórum Cível de João Pessoa, o I Fórum Interpoderes de Violência contra a Mulher. O evento está sendo promovido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio do Juizado da Violência Doméstica contra a Mulher, em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, a Assembleia Legislativa e o Ministério Público Estadual. Além disso, a programação faz parte, também, das comemorações pelo aniversário de seis anos de vigência da Lei n. 11.340/2006, popularmente conhecida como “Lei Maria da Penha”, completados nesta terça-feira (7).
Conforme explicou a juíza Rita de Cássia Martins de Andrade, titular do Juizado da Violência Doméstica contra a Mulher da Capital, durante o I Fórum Interpoderes de Violência contra a Mulher serão debatidos temas relacionados à aplicação da Lei 11.340/2006, buscando questionamentos e uma nova visão diante do compromisso do Estado, como um todo, na responsabilidade de estirpar do meio social a cultura machista e degradante da violência contra a mulher.
Ao ser indagada sobre o fato de que, atualmente existem cerca de 1.903 processos ativos no Juizado da Violência Doméstica da Capital, e que isto seria um sinal de que as mulheres são conhecedoras dos seus direitos e estariam recorrendo à Justiça, ou, pelo contrário, demonstra que a violência contra a mulher permanece crescente, a juíza Rita de Cássia Martins enfatizou que os dados revelam que as mulheres estão conscientes e com mais coragem para denunciar seus agressores.
“Assumi a titularidade da Vara da Violência Doméstica no dia 16 de julho passado, e os números dos processos ativos no cartório revelam que as mulheres estão tendo mais coragem para denunciar, embora a gente saiba que o número das que se mantém em silêncio é muito maior, principalmente, em se tratando de agressão moral, patrimonial, sexual e psicológica, o que termina tirando a dignidade da mulher e fazendo dela uma pessoa despersonalizada. Por outro lado, os dados que são divulgados na mídia e pelos órgãos de pesquisa demonstram que a criminalidade contra a mulher tem avançado, e é por isso que os poderes estão se unindo fortemente e buscando o aperfeiçoamento da lei para garantir maior proteção da mulher e inibir a ação do agressor”, asseverou a magistrada.
TJPB
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