“Uma vez, vi uma reportagem mostrando animais disponíveis para a adoção no Centro de Zoonoses. Fui lá e vi muitos cães, mas uma cachorrinha me chamou a atenção: a Mel, que tinha um olhar triste e desesperançado... Não resisti: trouxe-a para casa.” O depoimento é professora Valéria Alencar, que, apesar de sempre ter querido um cachorro, nunca imaginou que a convivência com um seria tão especial.
Campanhas – O Centro promove campanhas trimestrais de adoção, além de algumas ações localizadas, conforme a demanda e o aumento de animais à disposição para adoção. Quando os animais são destinados à ala de adoção, recebem abrigo limpo, amplo e arejado, com arraçoamento e monitoramento médico veterinário. No ato da adoção, os animais que se encontram na faixa etária pertinente recebem vacina para raiva.
Não é hospital – Embora forneça cães e gatos para adoção, o Centro não realiza o tratamento de animais doentes. De acordo com Sobral, muita gente procura o lugar quando está com um animal doente em casa e não tem dinheiro para pagar um veterinário. “Não fazemos atendimento clínico veterinário, pois nosso foco de atuação está relacionado ao cuidado com as doenças zoonóticas, em especial as antropozoonóticas”, explicou.
Amizade – Apesar de a captura e o tratamento de animais não serem a finalidade principal do Centro, o local tem criado oportunidades de promover laços duradouros entre pessoas e animais. “Sempre quis ter um cachorro, mas meus pais nunca deixaram. Só quando fui morar só pude realizar esse sonho”, acrescentou a professora Valéria, que há um ano divide a casa com a cachorrinha Mel.
Ela contou que a relação com a cadela é incrível. “Eu às vezes entendo o que ela quer e acredito que ela também entende como eu me sinto, pois sempre tenta me animar”, disse. Sobre a responsabilidade de ter um bicho de estimação, Valéria é direta: “Não há nada que eu faça sem antes pensar nas conseqüências que isso pode trazer para ela”, enfatizou.
Ascom
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