O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Francisco Benevides Buega Gadelha, afirmou, ontem, que o PIB (Produto Interno Bruto) – soma de todas as riquezas produzidas - da Paraíba deverá fechar o ano com um crescimento de 5% a 6%. A estimativa é bem mais otimista do que as previsões do próprio Ministério da Fazenda, que aposta em um crescimento do PIB nacional em 3%, mesmo percentual indicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), e três vezes maior do que o anunciado por economistas, que apostam em um percentual de 1,9%.
Na oportunidade, o governador do Ceará, Cid Gomes, revelou que o PIB do Nordeste cresceu 3% em média, no primeiro semestre do ano, cinco vezes mais do que o do Brasil, que cresceu 0,6% em relação ao mesmo período de 2011. “Nossa indústria deve apresentar um crescimento que irá impulsionar o resultado final do PIB em 2012, que ficará bem próximo ao PIB chinês”, enfatizou o presidente da Fiep.
Medidas terão maior impacto
Buega Gadelha tem se mostrado otimista também por conta das últimas medidas anunciadas pelo Governo Federal. Duas delas aconteceram na noite de quinta-feira, quando a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução média de 16,2% das tarifas de energia elétrica para consumidores residenciais e de até 28% para o setor produtivo. Antes, Guido Mantega havia anunciado a redução de juros. O ministro disse que a menor taxa do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) passará de 3,75% ao ano para 3,5%; e a mais alta, de 10% para 8%. Também haverá mudança nos juros para os investimentos do BNB, que ficarão em 2,5% ao ano.
São medidas importantes e necessárias para que o setor industrial não reduza a sua intensidade de produção, na opinião do presidente da Fiep. Segundo o empresário, ao reduzir as tarifas de energia para o setor produtivo, Dilma está apostando na maior competitividade deste setor, que não pode correr o risco de parar e, fundamentalmente, terá como garantir para o país a geração de mais e novos impostos, assim como de mais empregos.
O empresário revelou que sempre apostou na competência e no comprometimento da presidenta Dilma no processo de desenvolvimento econômico do Brasil. “Estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa economia dos últimos 10 anos, em especial, no setor industrial”, reforçou Buega Gadelha.
Em 2003, a Paraíba tinha 3,5 mil empresas, que passaram para 6,5 mil até meados do primeiro semestre deste ano. Houve ainda um crescimento de 25% da massa salarial no período, 60% maior do que o Rio Grande do Norte, em apenas cinco anos, disse o empresário.
Correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário