Inspeções inicialmente realizadas pelo Tribunal de Contas da Paraíba (TCE-PB) na 2ª Gerência Regional de Saúde, em Guarabira, no Hospital Regional de Patos e no Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, detectaram que um total de 1.283 pessoas foram contratadas de forma ilícita pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nos últimos anos.
O número dos denominados 'codificados', ou 'servidores CPF', pois recebem salários apenas apresentando o CPF na 'boca do caixa', pode ser ainda maior, já que as auditorias técnicas especiais nas unidades de saúde ainda estão sendo analisadas pelos conselheiros do Tribunal.
Também foi constatada a existência de servidores que recebem produtividade paga pela Secretaria de Estado da Saúde sem a comprovação de frequência de trabalho na unidade de lotação, ou seja, abrindo a possibilidade para que muitos desses servidores 'codificados' sejam também servidores 'fantasmas'.
Para tentar coibir as irregularidades, consideradas como 'velha prática' pelo Poder Executivo da Paraíba, o TCE começou uma verdadeira devassa in loco nas documentações relativas aos gastos com pessoal, especialmente no que se refere aos 'codificados' por não haver inclusão das informações no Sagres.
A primeira unidade de saúde objeto de investigação especial foi o Hospital Regional de Patos. O relatório da auditoria foi apreciado na sessão do dia 17 de julho pela 2ª Câmara do Tribunal, com relatoria do conselheiro Nominando Diniz. A mais recente decisão foi também da 2ª Câmara, em sessão realizada no último dia 31, sobre a constatação de contratos 'codificados' vinculados à 2ª Gerência Regional de Saúde.
A próxima inspeção especial que deverá ser analisada pela 2ª Câmara está marcada para o próximo dia 14 de agosto e se refere a um total de 467 contratos 'codificados' encontrados no Hospital Arlinda Marques, na capital, com números referentes até outubro de 2011, de um total de 986 servidores lotados no hospital.
JP online
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