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Victor Mateus
Invadir computador no Brasil não é crime, diz procurador de Justiça
Em apenas cinco dias, as fotos íntimas de Carolina Dieckmann roubadas e divulgadas na internet tiveram 8 milhões de acessos, segundo a ONG Safernet. O panorama está mudando rapidamente. Além dos computadores pessoais e das trocas de email, cresce o número de celulares com internet, tablets e também de usuários nas redes sociais. Nessa imensa teia que estamos conectados todos os dias, os perigos se intensificam. Bullying cibernético, ataque de hackers, roubos de senhas de dados pessoais, nada nem ninguém está a salvo. Nem os antivírus são capazes de nos livrar dos ataques.
O especialista em segurança digital André Carrareto diz que o antivírus instalado no computador vai elevar aproteção geral no acesso. “O último elo dessa corrente de segurança é o próprio usuário. No caso da Carolina Dieckmann, o antivírus não detectou que o link em que ela clicou e forneceu seus dados era infectado. A tecnologia está ali para proteger o usuário, mas ele tem que contribuir com o bom hábito da navegação segura para reduzir o risco de ser atacado”, explica.
O procurador de Justiça Paulo Ferreira Lima aponta que a legislação para proteger o crime na internet é insuficiente no Brasil. "Os crimes pelos quais os hackers que invadiram o computador da atriz Carolina Dieckmann podem ser condenados são os crimes tradicionais, como tentativa de extorsão ou estelionato. Invadir computador no Brasil não é crime, não importa se for o da presidência da República ou não”, aponta o procurador.G1
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