O governo Dilma Rousseff decidiu afrouxar o bloqueio de despesasprogramadas para este ano, o que facilitará a liberação de verbas de interesse de deputados, senadores, prefeitos e governadores.
Destinadas na maioria a obras paroquiais nos redutos dos congressistas, as emendas foram as principais vítimas do ajuste fiscal promovido pela presidente Dilma.
O governo começou a abrir o cofre depois que partidos aliados, sob o comando do PMDB, rejeitaram uma indicação do Planalto para a Agência Nacional de Transportes Terrestres, dando início a uma crise na coalizão.
Ainda que o dinheiro liberado não seja diretamente empregado no atendimento de emendas, os novos limites para os gastos dos ministérios ajudarão a acomodar demandas dos políticos --mais urgentes em ano de eleições.
A saída foi recorrer a novas previsões de receitas não tributárias, como pagamentos de dividendos das estatais e as concessões de serviços públicos à iniciativa privada. Isso permitiu ampliar os gastos sem alterar a meta de superavit primário --parcela do Orçamento destinada a abater a dívida pública.
Folha Online
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