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Victor Mateus

domingo, 19 de agosto de 2012

Tráfego de aeronaves apresenta queda em João Pessoa




Tráfego de aeronaves apresenta queda em João PessoaA eliminação de voos pelas principais companhias aéreas impactou, principalmente, a região Nordeste. O tráfego de aeronaves nos aeroportosnordestinos caiu 0,53% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2011. Os dados são com base na movimentação dos 56 aeroportos administrados pela Infraero. O movimento de passageiros na região subiu apenas 1,94% no período, o menor crescimento do País.

A maior retração entre as capitais brasileiras ocorreu em Salvador, onde o movimento de aviões caiu 1,28% e, o de passageiros, 6,56%. O tráfego de aeronaves também caiu em outras capitais nordestinas, como João Pessoa, Maceió, Natal e Recife.

"Isso é reflexo da mudança de malha de TAM e Gol", disse o consultor em aviação Nelson Riet. As empresassomam cerca de 75% do mercado doméstico.

No Brasil, a demanda por voos continuou a crescer no primeiro semestre deste ano. A Infraero registrou 93 milhões de embarques e desembarques no primeiro semestre, 7,94% a mais do que em 2011. O maior crescimento no volume de passageiros foi na região Sudeste, que já concentra 53% do tráfego do País. Nos seis primeiros meses do ano, o número de embarques e desembarques somou 49,3 milhões, uma expansão de quase 11%. Os aeroportos de Viracopos, Galeão e Confins crescerem, respectivamente, 22%, 21% e 18%.

Depois de fechar o ano passado com prejuízo, as líderes Gol e TAM passaram a adotar uma postura mais conservadora em 2012. As duas empresas revisaram para baixo seu plano de frota e vão colocar menos passagens à venda no Brasil neste ano. No início do mês, a Gol informou que reduzirá em até 4,5% sua oferta de assentos em 2012. Na TAM, o corte será de até 3%.

As empresas tentam reduzir rotas para conseguir aumentar preços e recuperar sua rentabilidade. Só no segundo trimestre, Gol e TAM registraram prejuízo líquido de R$ 715 milhões e R$ 928 milhões, respectivamente.

"O passageiro que viaja a lazer é mais sensível a preço do que quem viaja a negócios. A redução das rotas considerou isso", disse o diretor do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, Elones Ribeiro.

Mais de 60% das pessoas que viajam de avião no Brasil estão a trabalho, segundo estimativas do vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Júnior. Apesar dos cortes de voos no Nordeste, Rossi estima que o mercado de turismo, que é o forte da região, ainda está aquecido. "Existem passageiros, as companhias aéreas é que tinham excesso de voos", diz.

TAM e Gol mantiveram todos os destinos, mas reduziram as frequências em mercados menos maduros para operar as rotas com aeronaves mais cheias. Em Maceió, por exemplo, o tráfego de aeronaves caiu 19% no primeiro trimestre, mas o movimento de passageiros subiu 3,38% no período.

A Gol reduziu neste ano cerca de 130 voos diários. Na apresentação dos resultados do segundo trimestre, a companhia informou que os cortes ocorreram em todas as regiões, mas foram mais intensos no Norte e no Nordeste, onde as frequências caíram 25% e 18%, respectivamente. A rotas do Sudeste foram as menos afetadas - apenas 5% de retração. Procurada pelo Estado, a Gol não se pronunciou.

A TAM confirmou que cortou voos em todas as regiões do País, mas não informou o tamanho da redução por região. A companhia disse, em comunicado ao Estado, que a decisão de cortar uma rota considera a demanda na região, as reformas nas pistas dos aeroportos e o aumento de custos na operação de voos. "Especificamente para a região Nordeste, levamos ainda em conta a sazonalidade característica da região", informou a TAM.



Estadão

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