Sococo e Ducoco. Além de já deixarem explícito o DNA das companhias nos nomes, as duas empresas acirram a disputa no mercado da bebida em caixinha, que movimenta cerca de R$ 340 milhões por ano no país, segundo a consultoria Concept. A água de coco embalada — criada há apenas 10 anos — já ganhou espaço entre os brasileiros e vende 65 milhões de litros por ano, superando a comercialização de energético, produto mais antigo. As empresas falam em tendência de crescimento de dois dígitos para os próximos anos, aproveitando-se do apelo por produtos mais saudáveis.
A Sococo, líder no mercado de derivados de coco no Brasil, vai estruturar o crescimento com uma nova fazenda de 2 mil hectares em Santa Isabel, no Pará. A empresa está investindo R$ 120 milhões e pretende duplicar a produção de água de coco para aumentar sua participação no segmento, que atualmente já é de 53% do mercado. Isso porque a Sococo também fornece o fruto para a companhia Kerococo, controlada pela PepsiCo.
Enquanto isso, a estratégia da Ducoco para abocanhar 10% de participação no segmento de água de coco em caixinha, que responde por 35% da receita da companhia, consiste no aumento da capacidade da fábrica em Itapipoca (CE). “Vamos investir R$ 10 milhões na ampliação para alcançar 35% de participação até 2013”, contabiliza o presidente da Ducoco Alimentos, Marcos Rosa, que fala em aumento de 20% do faturamento da empresa nesse ano, para R$ 260 milhões.
Além das sete fazendas de coco que produzem 28 milhões de frutos por ano, os produtores independentes também estão na mira da Ducoco para a expansão. “Temos parcerias que incentivam trabalhadores locais e ajudam a compor a matéria-prima da empresa”, diz.
A Ducoco é uma empresa cearense fundada há 30 anos pelo investidor Nelson Pinheiro. Dono do Banco Brickell, o executivo delegou o comando da companhia de alimentos ao cunhado Marcos Rosa. “Estou há 20 anos na empresa e o momento não poderia ser mais favorável para o setor”, afirma.
IG
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