Uma ação pente fino também acontece no presídio PB1. Detentos são levados para outros presídios de João Pessoa.
Nesta sexta-feira (1º) acontece a transferência de 150 detentos do Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, em João Pessoa. O presídio foi palco de uma rebelião que durou 18 horas nesta terça (29) e quarta-feira (30).
A ação começou no início da manhã com mais de 200 policiais. Equipes entraram no presídio para uma operação pente fino nos pavilhão 2 do PB1, onde ainda não havia sido feita inspeção após o tumulto. "Após a operação, julgamos conveniente transferir 150 homens", explicou o gerente-executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba, tenente-coronel, Arnaldo Sobrinho.
Cerca de 200 policiais militares e agentes penitenciários participam da uma operação. No local estão equipes da Tropa de Choque da PM e do Grupo Penitenciário de Operações Especiais da Paraíba (GPOE) estão no presídio. A polícia ainda não divulgou o balanço do material apreendido nas celas do pavilhão 2.
Atualmente a penitenciária abriga cerca de 700 detentos. Durante a primeira operação pente fino após a rebelião, que aconteceu ainda na quarta-feira (30), a polícia apreendeu bananas de dinamite no PB1. As visitas previstas para acontecerem na sexta-feira (1º) e domingo (3) estão suspensas por tempo indeterminado no complexo.
Rebeliões
Por volta das 20h da terça-feira (29) detentos das penitenciárias Flósculo da Nóbrega e Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecidos como Roger e Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecido como PB1 e PB2, iniciaram as rebeliões.
No Complexo de Segurança Máxima PB1 e PB2 na noite da terça-feira os detentos atearam fogo em objetos, provavelmente, em colchões. Um dos detentos foi ferido com um tiro na cabeça e encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma. Ele chegou em estado gravíssimo e morreu às 18h30 da quarta-feira (30) no hospital.
Já no presídio do Roger, na quarta-feira (30) os detentos também atearam fogo em áreas dos pavilhões. A Secretaria de Comunicação da Paraíba informou às 10h30 que a rebelião no Roger já havia sido contida, mas às 11h30 os detentos incendiaram mais objetos e barulho de tiro foi ouvido. De acordo com Josenildo Porto, diretor da penitenciária, os tiros foram disparados para que os detentos descessem do teto do presídio e são usadas armas não letais. Ele está negociando com os rebelados e o fogo foi controlado
Um comitê de negociações foi formado pelas Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária, para realizar as negociações com os detentos. Após 18 horas de tumulto as rebeliões foram controladas ainda na quarta-feira (30).
Motivos
O presidente da Ordem dos Advogados (OAB) do Brasil, seccional Paraíba, Odon Bezerra, afirmou que entrou em contato com os rebelados e eles apontaram dois possíveis motivos para os tumultos registrados nos presídios. Odon disse que os presidiários falaram que a briga entre duas facções criminosas deu início ao tumulto. Uma outra causa apontada pelo advogado, foi o atraso nos processos penais.
G1
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