Apesar de contar com uma série de regras que limitam o uso de golpes que poderiam causar riscos aos lutadores, o UFC vive um constante debate com um movimento em específico: as cotoveladas. No último fim de semana, no UFC 146, o brasileiro Antonio Silva, o Pezão, sofreu com isso. Ele levou uma cotovelada no rosto durante a derrota para Cain Velásquez e foi prejudicado pela grande quantidade de sangue em seu rosto.
Empresário do brasileiro, Alex Davis saiu em defesa do pupilo e criticou o uso das cotoveladas. Para ele, os golpes não são representam um perigo físico, mas causam cortes que prejudicam o espetáculo e até reforçam o preconceito com o MMA.
“Já vi muitos cortes piores do que o infligido por Cain em Pezão. O problema neste particular corte não foi o tamanho, mas a profusão de sangue próxima aos olhos dele. Não é uma desculpa é um fato”, disse Davis, em uma nota em fórum na internet.
“Para mim, cotoveladas no solo não deveriam ser permitidas. Na maior parte das vezes elas causam cortes, o que é diferente de nocautes ou finalizações”, explicou ele. “Além disso, as cotoveladas geram muito sangue com relativamente poucos danos, o que não ajuda o MMA e ainda serve para alienar parte das pessoas que poderiam acompanhar o esporte.”
Os ferimentos causados por cotoveladas na hora do ground and pound muitas vezes atrapalham o lutador que sofre o corte, seja pelo peso psicológico ou pela dificuldade que o sangramento pode ocasionar.
“Não quero diminuir a vitória de Cain ou criar uma desculpa para a derrota de Pezão. Só estou relatando um fato. Quem sabe o que poderia ter acontecido se ele não tivesse sofrido aquele corte”, completou Davis.
Pezão fez sua estreia no UFC na edição do último sábado. Ele veio do Strikeforce com resultados positivos contra astros como Andrei Arlovski e Fedor Emelianenko. Seu primeiro combate seria contra Roy Nelson, mas as mudanças no card de Las Vegas lhe colocaram logo diante do ex-campeão Velásquez.
UOL ESPORTE
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