Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realizam nesta segunda-feira (10) assembleias estaduais para avaliar a proposta de uma greve nacional da categoria por tempo indeterminado.
Procurado pela reportagem, o Ministério das Comunicações informou que não irá se manifestar sobre o assunto. Já a assessoria de imprensa da ECT disse que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, tiveram uma reunião no último dia 3 com dirigentes de quatro sindicatos dissidentes da Fentect.
Os quatro sindicatos, que se desfiliaram da federação, representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Tocantins e de Bauru (SP). Essas entidades reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real, reajuste linear de R$ 100 e vale-refeição de R$ 28 por dia.
O dirigente do Sintcom-PR diz que a estratégia da direção da empresa teria o objetivo de tentar dividir os trabalhadores. “A negociação paralela dos Correios com alguns sindicatos não é legítima”, criticou Souza. “Quem negocia em nome da categoria é a Fentect, que reúne 31 dos 35 sindicatos do país.”
Os Correios informaram, por meio de sua assessoria de imprensa, que, desde o começo de julho, a empresa fez 12 reuniões de negociação com a federação. “Neste período, a empresa recebeu solicitação dos sindicatos de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru, que se desfiliaram da Fentect, para negociar e aceitou devido à representatividade dessas entidades que, juntas, representam 40 mil dos 120 mil trabalhadores”, declarou em nota.
A direção dos Correios disse ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real. O salário-base pago pela empresa, que era R$ 395,94 em 2003, e passou para R$ 942,75 em 2011.
Correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário