A Polícia Civil da Paraíba prendeu seis pessoas envolvidas em pelo menos quatro homicídios no Cariri paraibano. As prisões aconteceram durante a operação Aldeia Velha, na terça (31) e quarta-feira (1). Entre os detidos, está um vereador de Monteiro, que confessou a participação em três assassinatos. Nove armas de fogo foram apreendidas.
Na manhã da terça-feira, policiais da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil prenderam dois acusados na cidade de Arcoverde (PE). De acordo com as investigações, eles teriam sido contratados por ordem de um empresário para cometer um duplo homicídio na cidade de Camalaú. Os crimes foram praticados no dia 10 de fevereiro. As vítimas foram Sebastião Correia da Silva, 39, e Francisco Freire Feitosa, 56. Um vereador foi acusado de receber R$ 20 mil para intermediar a contratação.
Depois das prisões, a polícia recebeu a informação de que o acusado de ser o mandante dos crimes estava fugindo. Na noite da terça, a Polícia Civil interceptou o veículo do empresário na cidade de Serra Branca, encontrando-o na companhia do vereador e cumpriu os mandados de prisão.
De acordo com o delegado regional, Danillo Orengo, o empresário confessou que encomendou os crimes, afirmando que pagou para que o vereador contratasse pistoleiros para cometer os homicídios. A arma do crime, um revólver calibre 38, pertencia a um quinto envolvido, preso na manhã da quarta-feira (1) em Monteiro.
Confissão - “O vereador confessou o duplo homicídio, além de outro crime ocorrido na cidade de Monteiro, no ano passado, que teve como vítima um homem conhecido por Cidinho Furacão”, disse o delegado regional.
Ainda durante as investigações, a polícia descobriu que um agente operacional que prestava serviços à Delegacia de Camalaú estava fornecendo informações aos acusados dos homicídios. Ele foi preso na própria delegacia e teve apreendida, em sua residência, uma arma de fogo.
Por fim, durante a operação, a Polícia Civil prendeu um comerciante, em Monteiro, por posse ilegal de três armas de fogo. “O êxito da operação se deve à contribuição da população que prestou informações sobre o fato e, sobretudo, à confiança depositada pelo Poder Judiciário na Polícia Civil da Paraíba”, concluiu o delegado Danillo Orengo.
Secom-PB
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