Greve da Anvisa já causa prejuízo de R$ 1,5 milhão ao Porto de Cabedelo, na Paraíba

O presidente da Companhia Docas, Wilbur Holmes, estimou hoje que o prejuízo causado pela greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) à Paraíba já chega a R$ 1,5 milhão. A paralisação começou efetivamente no mês passado, mas somente ontem ao meio-dia, o escritório do órgão no Porto de Cabedelo foi fechado, prejudicando o movimento de atracação de embarcações. Dois navios carregados com cimento estão parados no local e não podem ter suas cargas encaminhadas ao destino por falta da "licença de livre prática", documento emitido pela Anvisa.

"Atualmente, isso é feito com um clique no computador, dado pelo representante da Anvisa. Mas, embora o coordenador seja um detentor de cargo de confiança, ele aderiu à greve e o Porto de Cabedelo está prejudicado", explicou Wilbur Holmes ao Parlamentopb. O prejuízo calculado pelo presidente da Companhia Docas se refere aos impostos que deixam de ser recolhidos, às taxas de operação portuária e o  preço da mão de obra que não pode ser utilizada no desembarque dos navios. O Sindicato das Agências Marítimas deu entrada em um mandado de segurança na Justiça solicitando que a emissão da licença de livre prática continue a ser procedida no Porto de Cabedelo. O receio da Companhia Docas é que portos como Suape consigam, judicialmente, a liberação de seus procedimentos e atraiam a movimentação que atualmente está destinada à Paraíba: "Foi uma longa negociação para trazer alguns navios, como os que estão hoje no Porto, para Cabedelo. Tememos que possamos perdê-los caso a Justiça decida mais rapidamente em favor dos concorrentes", disse o presidente da Companhia Docas. Os funcionários da Anvisa reivindicam 25% de reajuste salarial.