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Victor Mateus
sábado, 5 de maio de 2012
Transexual musa do kuduro promete ir até o chão no Viradão Carioca
Sucesso na África e Europa, Titica faz show neste sábado. 'Eu vou abalar Bangu', diz cantora angolana de 24 anos.
As roupas sensuais combinadas com as coreografias ousadas deram à transexual angolana Titica, de 24 anos, o título de musa do kuduro. Sucesso nas pistas de dança da África e da Europa, a artista é uma das atrações do Viradão Carioca, onde se apresenta neste sábado (5), no palco montado em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Com o visual de uma típica popozuda dos bailes funk, Titica está disposta a encarar o preconceito e mostrar que também sabe descer até o chão."Eu vou abalar Bangu", diz a angolana sobre sua apresentação no Viradão, uma promoção Riotur e Globo Rio.
Esta é a sexta visita deTitica ao Rio de Janeiro. Em uma das viagens à cidade, há 3 anos, ela implantou prótese de silicone nos seios. Desde então, abusa de fartos decotes e incorporou a seu vocabulário expressões do típico “carioquês”, como “já é” e “demorô”.
Titica é tão carioca que, ao final da entrevista ao G1, pegou uma van da linha Copacabana-Central para ficar mais perto do apartamento onde está hospedada.
“Aqui o povo é alegre como o angolano, tem quase as mesmas ideias, gosta de viver a vida e as pessoas são verdadeiras”, elogia.
Titica explica que seu nome é uma homenagem ao apelido que recebeu de seus pais na infância, Tica-Tica, que significa criança peralta. Em seus documentos, ela tem o nome de Teca Miguel Garcia.
Parceria com Latino e Hawaianos
A cantora lançou o primeiro CD em outubro e já conseguiu emplacar quatro músicas no topo de hits do kuduro. Para seu próximo trabalho, ela sonha em uma parceria com o cantor Latino ou com o grupo de funk “Os Hawaianos”.
“Eu adoro essa música É o pente, é o pente, é o pente. Gostaria muito de conhecê-los pessoalmente, assim como a atriz Taís Araújo. Sou muita fã dela, desde que foi exibida em Angola, a novela Xica da Silva. Aliás, ela e Beyoncé são as duas mulheres em que mais me espelho”, revela a africana.
Preconceito
Titica conta da discriminação que sofreu ainda adolescente, quando começou a dançar kuduro profissionalmente. “Enfrentei muito preconceito, mas agora está mudando. No início foi um tabu”, conta a artista, que também teve dificuldades de ser aceita como homossexual pela família.
“Entendo eles [meus pais]. Eles criaram um filho não para ser da forma como sou. Mas depois eles entenderam que eu sou assim e serei assim sempre. Uma vez mulher, sempre mulher”, disse a cantora, que não despreza um salto alto de 15 centímetros, cílios postiços, maquiagem com glitter, além de enormes unhas pintadas de esmalte cintilante.
Mesmo sem querer detalhar, Titica se submete a um processo para mudar de sexo. “Estou na preparação”, responde ela ao ser questionada se fez a operação no órgão genital.
G1
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