A guerra contra o racismo no futebol travou mais uma batalha nesta quarta-feira (3) e venceu. O Grêmio foi julgado e responsabilizado por conta da atitude de sua torcida contra o goleiro Aranha, do Santos, e foi eliminado da Copa do Brasil.
O jogo, que aconteceu na Arena Grêmio, ficou marcado pelas manifestações racistas de alguns torcedores do clube gaúcho contra o jogador santista. Por conta disso, o Grêmio foi julgado pela Terceira Comissão Disciplinar do STJD.
Fábio Koff, presidente do Grêmio, e a equipe de arbitragem prestaram depoimento no julgamento. De acordo com Koff, a decisão remete à história do clube:
— Está sendo julgado aqui, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro. Estou aqui para dizer que a decisão desta tarde tem peso histórico para a instituição.
Em seu depoimento, o árbitro da partida, Wilton Pereira, afirmou que os jogadores tentam ludibriar a arbitragem durante todo o jogo e, por isso, não acreditou nas palavras dos jogadores:
No fim, Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, tentou ajudar o clube gaúcho e defendeu o Grêmio, mas sua empreitada não obteve sucesso:
— Tenho toda tranquilidade em pedir a absolvição do Grêmio. Mas, caso vossas excelências, entendam que precisa existir uma punição, ela deve ser uma multa.
Árbitro do jogo também foi julgado
O árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, também foi julgado pelo STJD, assim como seus assistentes Kléber Lúcio Gil e Carlos Berkenbrock, e o quarto árbitro Roger Goulart. Wilton Pereira por não ter relatado na súmula do jogo o acontecido com Aranha e seus auxiliares por não terem relato ao árbitro os xingamentos da torcida gremista.
Wilton Pereira defendeu-se sobre a acusação alegando que não escutou nada e, que se tivesse conhecimento dos xingamentos, teria suspendido a partida. Quando ficou sabendo do incidente, ao chegar no hotel, resolveu fazer um adendo ao STJD:
— Chegando ao hotel, junto com minha equipe de arbitragem, fiquei assustado com as reportagens sobre a questão e, para não passar em branco, fiz o adendo sobre o ocorrido.
No fim, os auditores do processo votaram e optaram pela suspensão por 45 dias do árbitro Wilton Pereira Sampaio, além de R$ 500 de multa. Os auxiliares e o 4º árbitro receberam 30 dias de gancho e multa de R$ 500 reais.
R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário