“Um recomeço”. Foi assim que Tom Cavalcante resumiu os sete meses que passou no anonimato em Los Angeles, na Califórnia, acompanhado da mulher, Patrícia, e da filha caçula, Maria, de 13 anos. Após o período de imersão de estudos e trabalho na Califórnia, o humorista vai ficar na ponte aérea para matar a saudade do público brasileiro. Nos dias 1 e 2 de fevereiro, ele reestreia em São Paulo o espetáculo “No Tom do Tom”, que ganhou uma atualização após a temporada internacional do humorista. “Não quero entregar ainda. As novidades estão nos textos criados para a cena política e para os novos personagens”, adianta ele.
No bate-papo, o humorista também fala sobre seus projetos cinematográficos, o curta "Pizza Me, Mafia" e um longa com Seu Jorge, e avisa: "Não tenho planos de voltar à TV por enquanto."
iG: Após sete meses longe dos palcos, está ansioso para encontrar o público? Sentiu falta de trabalhar? Tom Cavalcante: Trabalhei forte por lá na feitura do meu media-curta, indo para a escola todos os dias pela manhã, ralando diariamente para aprimorar o idioma. E claro que senti saudade do meu público.
iG: Você volta com novos personagens, pode adiantar algum deles? Tom Cavalcante: Sim, mas não queria entregar ainda. As novidades estão nos textos criados para a cena política e para os novos personagens.
iG: Como foi a vida em Los Angeles? Que balanço faz da temporada de estudos? Alcançou o que foi buscar? Tom Cavalcante: Na verdade, esse ano continuo ligado à Los Angeles, fazendo uma ponte aérea com o Brasil. Os estudos foram proveitosos, tanto de cinema como da língua. Gravei um curta para servir de piloto para o mercado americano e entreguei a um agente para avaliação, caso precisem de humorista com o meu gênero de humor. Um projeto à longo prazo que pode vingar, quem sabe...
iG: A vida longe dos holofotes, no anonimato, foi prazerosa? Tom Cavalcante: Uma experiência muito interessante. A sensação é de um recomeço. Era um simples estudante que acordava às 7h, punha o lanche na mochila, deixava a filha na escola e ia para a aula comportadamente, sem faltar um dia sequer.
iG: Sentiu algum tipo de preconceito? Acha que o mercado internacional ainda é muito fechado para os brasileiros? Tom Cavalcante: Não é que seja fechado. O sistema tem todo um processo a ser vivenciado até você chegar lá. Tudo igual ao que vemos por aqui.
iG: A carreira artística é muito instável. Nesse período, você conseguiu diversificar seus negócios? Tom Cavalcante: Sabedor disso desde cedo, procurei nesses 20 anos de carreira, com a ajuda do meu público e das TVs por onde passei, construir uma trajetória financeira interessante. Com muita sorte e trabalho, posso te falar que dá para ir levando.
iG: A gente pode esperar uma volta para a televisão em 2014? Já recebeu alguma proposta? Tom Cavalcante: Não tenho planos de voltar à TV por enquanto. Meus projetos estão voltados para o cinema, aqui e em Los Angeles.
iG: Não sei se tem acompanhado a programação da televisão brasileira, mas as quedas de audiência e crises financeiras das emissoras te preocupa? Tom Cavalcante: Não tenho acompanhado, mas em linhas gerais, tenho visto que o mercado nacional no seu todo está passando por um momento de retração. São ciclos de uma economia.
SERVIÇO:
“No Tom do Tom” Endereço: Rua Júlio Diniz, 176 - Vila Olímpia Horário: Sábado (1º), às 20h, e domingo (2), às 19h e 21h. Informações e reservas: (11) 3045-4146 Ingresso: R$ 95 e R$ 120.
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