Metroviários decidiram, em assembleia realizada na noite deste sábado (7), manter a greve da categoria até a tarde deste domingo (8), em São Paulo. Eles devem se reunir novamente às 14h de domingo, depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concluir o julgamento da paralisação, previsto para as 10h.
Segundo ele, a intenção ainda é chegar a uma decisão negociada. “Não sei nem se vamos passar de domingo, muito menos chegar à Copa. Nosso interesse não é acabar com a Copa. Não quereremos criar esse problema para o país nem para os jogadores nem para a população. Nós queremos o nosso direito.” Rafael Pugliese, desembargador que presidia a sessão, chegou a propor índice de 9%, mas o Metrô não aceitou. O impasse entre Metrô de São Paulo e funcionários da companhia quanto ao aumento de salário provocou funcionamento parcial das composições nesta sexta-feira, segundo dia de greve. Os metroviários pedem um reajuste que, segundo o governo, é muito superior ao que pode pagar.
Propostas Inicialmente, os metroviários pediram 35,47% de aumento, passando para 16,5%. Na quinta-feira (5), durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o valor diminuiu para 12,2%. Nesta segunda reunião, eles mostraram intenção de reduzir o valor, mas afirmam que não vão abrir mão dos benefícios e da mudança no valor da PLR.
No julgamento da greve, os quatro processos envolvendo as partes serão analisados e votados. Participam da votação, os magistrados que compõem a Seção de Dissídios Coletivos, órgão responsável por decidir questões envolvendo dissídios de greve e econômicos.
O desembargador Rafael Pugliese afirmou que se empenhará para concluir os trabalhos em tempo, porém, ressaltou que as defesas apresentadas pelas partes só foram protocoladas por volta das 18h, enquanto acontecia a reunião. "Elas somam mais de 1,5 mil páginas que nós vamos ter que nos desdobrar entre a madrugada e o sábado para ler e preparar um estudo sobre isso. É um julgamento complexo", avaliou.
Transtornos Sem acordo na audiência de conciliação, a Justiça manteve a decisão anunciada na quinta-feira e determinou que os metroviários garantissem 100% da operação em horários de pico, entre 6h e 9h e das 16h às 19h, e 70% nos demais períodos, sob pena de multa diária ao sindicato de R$ 100 mil. A medida, entretanto, não foi cumprida pelos grevistas. Passageiros enfrentaram filas na saída e no retorno para casa nesta sexta. Com chuva e paralisação e a suspensão do rodízio municipal de veículos, a cidade teve um pico de 251 km de lentidão às 10h30 desta sexta-feira, e bateu mais um recorde. A partir do horário, o trânsito começou a baixar, e alcançou 228 km, às 11h. Na quinta-feira (5), primeiro dia da greve do Metrô, a capital teve um pico de 209 km às 9h30.
G1
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