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Victor Mateus

domingo, 8 de junho de 2014

Metroviários decidem manter greve




Metroviários decidem manter greve Metroviários decidiram, em assembleia realizada na noite deste sábado (7), manter a greve da categoria até a tarde deste domingo (8), em São Paulo. Eles devem se reunir novamente às 14h de domingo, depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concluir o julgamento da paralisação, previsto para as 10h.

O governo chegou a propor 8,8% de aumento, mas depois declinou da oferta, e manteve o valor de 8,7% de reajuste nesta sexta-feira (6). Os metroviários seguiram com pedido de aumento de 12,2%. "Não recebemos proposta nova do governo. Sinceramente, isso é birra do governador [Geraldo Alckmin]. Acho que é hora do governador ser governador de verdade e negociar", disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Melo dos Prazeres. Plano de contingência

Na tentativa de minimizar o impacto da greve, o Metrô colocou em prática um plano de contingência. Supervisores e funcionários foram remanejados para manter o sistema em funcionamento em determinados trechos das linhas 1, 2 e 3 nestes três primeiros dias da greve. Neste sábado, o sistema deve operar até 23h. Linhas de ônibus também foram mobilizadas para transportar os passageiros nos trechos onde a circulação foi paralisada. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também adotou uma operação especial na tentativa de auxiliar os usuários do Metrô. Carta para a Fifa

Segundo Prazeres, os metroviários vão enviar uma para a presidente Dilma Rousseff. "Queremos que intercedam junto ao governador Geraldo Alckmin para que se abra um canal de negociação", disse. Os sindicalistas chegaram a cogitar enviar a carta também para a Fifa "A Fifa, como uma empresa que está promovendo a Copa do Mundo, tem o maior interesse de ter todos os problemas resolvidos. Esperamos que a Fifa pressione o governador Alckmin", afirmou Prazeres. Depois, o sindicalista afirmou que não entrariam em contato com a entidade. Durante a assembleia, o presidente do Sindicatos dos Metroviários disse que a categoria tem medo de que ocorram demissões por causa da paralisação. "Não queremos prolongar essa greve até segunda-feira (9) e por isso esperamos uma proposta do governo."

Negociações Altino, diante da postura dos representantes da companhia, disse que não abriria mão do aumento de dois dígitos, participação nos lucros e resultados (PLR) igualitária, periculosidade para uma parte dos funcionários e catraca livre, como proposto na quinta-feira, na audiência de conciliação. "Estamos tristes", afirmou Prazeres. “A gente quer o aumento de dois dígitos como o Haddad deu, de 10%, para os motoristas”, defendeu o sindicalista.

Segundo ele, a intenção ainda é chegar a uma decisão negociada. “Não sei nem se vamos passar de domingo, muito menos chegar à Copa. Nosso interesse não é acabar com a Copa. Não quereremos criar esse problema para o país nem para os jogadores nem para a população. Nós queremos o nosso direito.” Rafael Pugliese, desembargador que presidia a sessão, chegou a propor índice de 9%, mas o Metrô não aceitou. O impasse entre Metrô de São Paulo e funcionários da companhia quanto ao aumento de salário provocou funcionamento parcial das composições nesta sexta-feira, segundo dia de greve. Os metroviários pedem um reajuste que, segundo o governo, é muito superior ao que pode pagar.

Propostas Inicialmente, os metroviários pediram 35,47% de aumento, passando para 16,5%. Na quinta-feira (5), durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o valor diminuiu para 12,2%. Nesta segunda reunião, eles mostraram intenção de reduzir o valor, mas afirmam que não vão abrir mão dos benefícios e da mudança no valor da PLR.

No julgamento da greve, os quatro processos envolvendo as partes serão analisados e votados. Participam da votação, os magistrados que compõem a Seção de Dissídios Coletivos, órgão responsável por decidir questões envolvendo dissídios de greve e econômicos.

O desembargador Rafael Pugliese afirmou que se empenhará para concluir os trabalhos em tempo, porém, ressaltou que as defesas apresentadas pelas partes só foram protocoladas por volta das 18h, enquanto acontecia a reunião. "Elas somam mais de 1,5 mil páginas que nós vamos ter que nos desdobrar entre a madrugada e o sábado para ler e preparar um estudo sobre isso. É um julgamento complexo", avaliou.

Transtornos Sem acordo na audiência de conciliação, a Justiça manteve a decisão anunciada na quinta-feira e determinou que os metroviários garantissem 100% da operação em horários de pico, entre 6h e 9h e das 16h às 19h, e 70% nos demais períodos, sob pena de multa diária ao sindicato de R$ 100 mil. A medida, entretanto, não foi cumprida pelos grevistas. Passageiros enfrentaram filas na saída e no retorno para casa nesta sexta. Com chuva e paralisação e a suspensão do rodízio municipal de veículos, a cidade teve um pico de 251 km de lentidão às 10h30 desta sexta-feira, e bateu mais um recorde. A partir do horário, o trânsito começou a baixar, e alcançou 228 km, às 11h. Na quinta-feira (5), primeiro dia da greve do Metrô, a capital teve um pico de 209 km às 9h30.



G1

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