Os agentes penitenciários da Paraíba vão suspender a realização de alguns serviços por cinco dias, a partir desta segunda-feira (31). Os serviços de escolta de presos para audiências judiciais e a entrada de grupos religiosos nas unidades não vão acontecer nesse período, assim como qualquer outra atividade interna, como as de ressocialização, conforme informou o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria da Administração Penitenciária (Sindseap), Manuel Leite.
“Não é uma paralisação. É uma Operação Padrão, na qual alguns serviços vão deixar de ser executados por estarem sendo feitos de forma irregular e ilegal”, explicou Leite. Segundo ele, os agentes penitenciários fazem escoltas sem colete à prova de bala e com armas sem registro. Além disso, os agentes que conduzem os veículos da escolta não recebem treinamento adequado.
Os veículos oficiais deverão ficar recolhidos nos pátios das unidades prisionais enquanto durar a mobilização e o recebimento de novos presos ficará a cargo da direção de cada presídio.
“Em relação ao risco de vida, ele está defasado e o Estado hoje só paga 42%. Sobre a carga horária, quem trabalha em regime de plantão às vezes trabalha de oito a doze horas além do que a lei determina, sem receber nenhuma diferença”, comentou Leite.
Resposta da Seap O secretário da Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, garantiu que está dialogando com a categoria. “Estamos chegando a um consenso. Eles realmente têm alguns direitos que nós temos que atender”, disse o secretário, que ainda acrescentou que uma reunião entre a Seap e representantes dos agentes deve acontecer nesta segunda-feira.
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