Atriz fala sobre hipocrisia na TV

Completando 11 anos de carreira na televisão e com sete novelas no currículo, Roberta Rodrigues pode dizer que já passou por poucas e boas. A bela, que começou a atuar no grupo teatral Nós do Morro, estourou nos cinemas com o filme "Cidade de Deus" e só então viu as portas do Projac se abrirem. "O início nem sempre é fácil, mas tive a sorte de cruzar com o [Marcos] Caruso em `Mulheres Apaixonadas`, minha primeira novela. Ele foi um anjo na minha vida", contou a atriz em entrevista ao site O Fuxico.

"Eu estava muito crua, sem experiências, e ele me dava muita força. Passava o texto comigo, me incentivava. Sou muito grata e tenho um carinho enorme por ele", elogiou, revelando que passou por uma crise e pensou em desistir. "A hipocrisia que existe nos bastidores me fez repensar se eu estava no caminho certo. [...] Quando fiz `Paraíso Tropical`, em 2007, comecei a questionar o meio televisivo em que eu estava inserida."


Roberta explicou que teve contato com muitos artistas deslumbrados com a fama e, sem citar nomes, disse que vários dos que são tratados como ícones não são educados nem com seus colegas. A gata só superou a má fase ao entender que sua paixão pela arte era mais importante que a postura dos outros.

"Uma vez, eu e o Thiago [Martins] estávamos no Projac e o Tony Ramos parou para conversar com a gente. Ele perguntou no que os meus pais trabalhavam, falei que minha mãe era costureira e meu pai mecânico. Foi aí que ele me disse que atuar em novelas é como um emprego qualquer, só que com uma exposição muito maior", contou a Maria Danúbia, de "Salve Jorge", que acrescentou que, hoje, o que faz diferença no seu bem-estar está além do trabalho.


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