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Victor Mateus

domingo, 4 de maio de 2014

Lusa tenta cota da B para salvar contas




Lusa tenta cota da B para salvar contasA Portuguesa ainda tem uma ação em trânsito. O Ministério Público de São Paulo também. Entretanto, todas as liminares favoráveis foram cassadas, e o cenário é amplamente favorável à CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Com isso, ainda que não tenha desistido de lutar para evitar o descenso, a equipe do Canindé já voltou esforços para outra frente: receber a cota de televisão da Série B e amenizar o déficit mensal.

Atualmente, a receita mensal da Portuguesa tem sido inferior a R$ 700 mil. E os custos do clube, que são sempre superiores a R$ 1 milhão por mês, chegam a representar o triplo do faturamento.

Por isso, receber a cota de TV tornou-se um fator importante para a sobrevivência da Portuguesa. O time do Canindé terá direito a R$ 2,7 milhões para jogar a Série B – o montante será dividido em dez parcelas mensais de R$ 270 mil.

A articulação da Portuguesa para receber o quanto antes a cota da Série B mostra o quanto o time do Canindé está conformado com a atual situação. No início do ano, a diretoria rubro-verde recusou receber duas cotas de R$ 270 mil da CBF porque ainda acreditava na permanência na primeira divisão.

A Portuguesa foi rebaixada por causa de uma punição que o clube recebeu do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A equipe paulista perdeu quatro pontos por ter escalado o jogador Heverton na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, num empate sem gols com o Grêmio.

A despeito de ter feito campanha suficiente para continuar na Série A, a Portuguesa foi rebaixada por causa dos quatro pontos perdidos. Isso deu início a uma batalha jurídica, com ações de torcedores, entidades de classe, do MP-SP e do próprio clube na Justiça Comum.

Quando a Portuguesa foi pedir à CBF um adiantamento da cota de TV de 2014, a entidade exigiu que a equipe admitisse a punição e recebesse do montante referente à Série B. Na época, a diretoria rubro-verde rejeitou a oferta.

A briga judicial, portanto, colocou a Portuguesa em uma situação inusitada. O time do Canindé ficou sem cota das duas divisões, sem saber sequer qual montante entraria no caixa. Em 2013, a equipe paulista havia recebido R$ 20 milhões de direitos de transmissão da Série A.

A ausência do dinheiro da TV asfixiou a Portuguesa em 2014. O clube tem sobrevivido com empréstimos de conselheiros e sócios. A diretoria não fala quanto foi obtido com doações ou como isso será devolvido.

A Portuguesa tem dois patrocinadores atualmente (Tabacow e DL), além da Lupo, fornecedora de material esportivo. A diretoria também tem trabalhado em mudanças no plano de sócios. A meta é dobrar o volume de adimplentes, que atualmente gira em torno de mil torcedores e gera R$ 50 mil mensais.

Contas de 2013 preocupam

A Portuguesa fechou 2013 com um déficit de R$ 24,7 milhões. Um ano antes, o time do Canindé havia registrado um resultado positivo de R$ 1,5 milhão. Essa diferença já tem causado polêmica no clube.

Segundo a "ESPN", o auditor Yoshiaki Hayashi, que analisou o balanço da Portuguesa, fez uma previsão pessimista: "Essas condições indicam a existência de incerteza que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da entidade".

"A situação da Portuguesa preocupa como a do Botafogo preocupa, a do Flamengo preocupa, a do Corinthians preocupa. Todos os clubes brasileiros têm um cenário complicado", disse José Luiz de Almeida, vice-presidente jurídico do time paulista.

A temporada 2013 foi a última do presidente Manuel da Lupa, que comandou a Portuguesa desde 2005 e foi substituído por Ilídio Lico. A atual diretoria ainda não detalhou contas da administração anterior, mas a revelação dos dados do balanço deve acelerar a realização de uma devassa.

"O conselho vai fazer uma análise bem profunda nessas contas. Vamos ter desdobramentos, e isso eu garanto", disse um funcionário do clube.



UOL

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