Os apelos de Muricy Ramalho pela permanência de Rogério Ceni para o ano que vem ganharam eco rapidamente. Ao pedir que a diretoria procurasse o camisa 1 para propor uma renovação de contrato por mais uma temporada, o treinador queria uma resposta do clube e conseguiu: no que depender de Juvenal Juvêncio, o goleiro só para de jogar se quiser.
O dirigente revelou uma conversa inusitada com o goleiro antes da vitória contra o Náutico. Durante uma partida de sinuca no CT da Barra Funda, Juvenal o sondou sobre o futuro e ouviu que a prioridade do momento é garantir que o São Paulo não corra mais riscos na competição para então voltar a discutir sobre o que será feito.
As pessoas ouvidas pela reportagem dizem que o goleiro está determinado a encerrar a carreira, mas apontam para o que enxergam como ‘indícios’ de uma possível mudança de postura. “Ele está visivelmente mais alegre e disposto e vem jogando bem. Também não sei se ele gostaria de encerrar a carreira numa temporada tão ruim da equipe”, disse um diretor ouvido pelo Estado que pediu para não ser identificado. Os jogadores fazem coro pela permanência. “Sou a favor do Rogério jogar por longos anos. O cara é um exemplo para todo mundo, é um ídolo, um mito. Tenho carinho enorme e respeito por ele”, afirmou Ganso.
INIMIZADE Apesar da aparente boa relação entre presidente e o maior ídolo do clube, a reportagem ouviu relatos de que os dois mantém uma guerra fria. Segundo as fontes consultadas pelo jornal, Ceni não gosta da forma como a política no clube tem sido conduzida e Juvenal reclama do excesso de força do jogador nos rumos do Tricolor.
Perguntado sobre as rusgas, Juvenal negou veementemente. “Isso é uma mentira deslavada, uma bobagem. Converso demais com ele sobre tudo; consulto sobre jogadores, peço a opinião dele. Ele é uma figura gigantesca da instituição, como alguém ousaria achar que ele não tem peso político? Mas adianto que quem falou isso, mentiu”, esbravejou.
Muricy conseguiu o que queria e a diretoria já fez o primeiro movimento para Rogério por mais um ano. Juvenal já indicou sua preferência. “Se pudesse decidir, gostaria dele mais um ano conosco como jogador”.
Estadão
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