O tucano discutiu com correligionários uma estratégia de discurso que apresente o PSDB como a real alternativa ao PT nas eleições de 2014, tentando neutralizar o espaço ocupado pela aliança entre Eduardo Campos e a ex-ministra Marina Silva.
Segundo relato dos parlamentares, Aécio observou que o cenário eleitoral caminha para uma disputa em dois turnos e que é preciso ter regras claras nos palanques duplos em negociação com o PSB para que governadores e candidatos tucanos não façam campanha para Campos. "Essa questão precisa ser colocada com maior clareza. Os acordos vão seguir a lógica regional, mas os candidatos do PSDB apoiarão a candidatura nacional do PSDB", disse Aécio, segundo parlamentares.
Aécio foi claro: disse que não gostaria de ver um governador do partido num comício de Campos. Na visão dele, somente políticos do PSB receberiam o governador de Pernambuco. O tema provocou debate. Entre as possibilidades de chapas conjuntas, estão os dois maiores colégios eleitorais do país: São Paulo e Minas Gerais. O PSDB de São Paulo e o Palácio dos Bandeirantes evitam tratar desse tema abertamente para não melindrar o senador mineiro, mas não escondem que a prioridade total é incluir a legenda de Campos no arco de alianças do governador paulista.
"As realidades regionais nem sempre são alinhadas com o quadro nacional. Como não há verticalização, não há obrigatoriedade de alinhamento", reconhece o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e aliado de Aécio.
Apesar do duelo com Campos, Aécio quer evitar ataques direitos ao governador de Pernambuco. Instado por deputados a atacar o discurso do "novo" da aliança Campos-Marina, recomendou serenidade, lembrando que precisará de apoio em eventual segundo turno.
"O relevante nesta pesquisa [Datafolha] é que mais de 60% da população não quer votar na atual presidente. Estou convencido de que o candidato que for para o segundo turno vencerá as eleições (...) Quem tem as maiores condições é o PSDB", disse Aécio a jornalistas, após a reunião. Também em entrevista, ele observou que as críticas de Marina e Eduardo à política econômica do PT são as mesmas feitas pelos tucanos, que defendem o legado de FHC.
PB Agora com VEJA
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