O Sport não tomou conhecimento dos cerca de 60 mil adversários na arquibancada na noite desta quarta-feira. Apresentou uma defesa segura e aproveitou os contra-ataques, neutralizando o Ceará, principalmente no segundo tempo. O empate por 1 a 1 na Arena Castelão deu aos pernambucanos a taça de campeão pela terceira vez na Copa do Nordeste e ainda garantiu a vaga na Sul-Americana.
- Graças a Deus, saímos campeões. Acho que é fruto do trabalho da gente. Agora, é focar no jogo de domingo. Vamos buscar ser campeões novamente - comemorou Neto Baiano.
Lá e cá O Ceará, em desvantagem, não conseguiu ser tão agressivo no início do primeiro tempo como ordenou Sérgio Soares. Após chutes imperfeitos de Vicente e Assisinho, a torcida se empolgou com uma conclusão de Bill dentro da área. A bola passou perto do gol de Magrão. O jogo ficou mais nervoso, e as equipes passaram a se estudar. O Alvinegro tentava vencer a defesa adversária, e o Leão permanecia recuado, pronto para o contra-ataque. Quando o visitante chegou com perigo, as vozes da arquibancada já gritavam: "impedimento!".
Os torcedores do Vovô chegaram a esboçar um grito de gol na cobrança de falta de Ricardinho, aos 25 minutos. E depois de desesperaram na chegada de Wendel, com defesa de Luís Carlos, e no gol perdido por Magno Alves, de cara para Magrão. O grito entalado só ecoou no Castelão aos 41. Souza, que estava apagado no jogo, deixou o Magnata livre para balançar a rede. Um espécie de desculpa pela chance perdida antes. Ricardinho quase fez o segundo aos 45, mas a bola passou à esquerda da meta do Sport. Sport põe água no chope do Ceará
A ofensividade do Ceará no fim da primeira etapa dava indícios de que voltaria disposto a fazer o segundo para, pelo menos, levar a decisão para os pênaltis. Mas não foi assim. Logo aos cinco minutos, a defesa alvinegra falhou, Ailton caiu na área, e o Sport teve pênalti a favor. Neto Baiano cobrou forte e fez 1 a 1. O golpe foi duro: na arquibancada, silêncio; no gramado, o Ceará se desorganizou.
O Sport ficou à vontade para ameaçar com Durval de cabeça e depois com Ferron, mas a bola passou raspando a trave de Luís Carlos. Com mais posse de bola, os visitantes seguiram assustando, e o grito de "tri" dos torcedores do Leão já pôde ser escutado por volta dos 25 minutos. Mesmo precisando de gols, Sérgio Soares sacou Assisinho e colocou Leandro Brasília. Aos 30, a torcida assistiu a mais uma chance perdida por Magno Alves. Com a vantagem, o Leão ditava o ritmo.
G1
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