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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Com doença sem cura nos olhos, vice-miss Brasil está ficando cega




Com doença sem cura nos olhos, vice-miss Brasil está ficando cega No Dia Mundial da Visão, celebrado nesta quinta-feira (10), a vice miss-Brasil 2013 Minas Gerais, Janaina Barcelos, de 25 anos, revela as dificuldades que enfrenta com uma doença que diminui o campo visual progressivamente até levar à cegueira.


— A cada seis meses, percebo piora da visão. Evito sair à noite, especialmente em lugares mais escuros, como baladas, porque tenho muita dificuldade para enxergar. Acho desconfortável e constrangedor.

A modelo, que conquistou o segundo lugar no concurso Miss Brasil, diagnosticou a retinose pigmentar — doença degenerativa que afeta a retina — há dois anos. O primeiro sinal que a fez desconfiar de que algo estava errado com a visão foi tropeçar na rua.


— Tropecei muitas vezes na rua e, no dia que chutei um hidrante, resolvi procurar o médico. Até hoje tropeço todos os dias, mas nunca caí na passarela.


Janaína, que atualmente cursa a faculdade de jornalismo, conta que para desfilar precisa decorar os caminhos e obstáculos da passarela. Apesar de ser uma doença hereditária, a modelo garante que não há ninguém na família com o problema.


De acordo com o oftalmologista Milton Ruiz Alves, presidente do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), a retinose pigmentar atinge 1 em cada 4.000 pessoas e a maioria dos pacientes recebe o diagnóstico entre 30 e 40 anos.

— Os sinais que confirmam a doença são dificuldades de adaptação ao escuro, alteração do campo de visão periférico e de cores, especialmente azul e amarelo, além do desenvolvimento de catarata.


Luminosidade piora a doença


Após a confirmação do diagnóstico de retinose pigmentar, o oftalmologista avisa que a doença não tem tratamento e a perda da visão é progressiva, podendo ocorrer entre 40 e 50 anos. Segundo ele, há evidências de que o quadro pode ser agravado com a exposição à luz.


— Por isso, recomendamos o uso de lentes escurecidas ou fotocromáticas. Elas funcionam como um filtro para diminuir a incidência de luz nos olhos.

O médico avisa que o uso de vitamina A para retardar a progressão da doença é controverso, especialmente porque “o excesso deste nutriente pode acarretar problemas hepáticos”.

— O tratamento com vitamina A só deve ser feito com orientação médica, especialmente em relação à dosagem.

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O médico acrescenta que em Cuba o tratamento é feito com extrato de células de placenta, mas isso “não funciona e pode levar à cegueira”.

— Muita gente perdeu a visão com esse tipo de tratamento. Em alguns pacientes, isso desenvolve até alergias.

Mesmo sem cura, Janaína não perde a esperança nos avanços da medicina e garante não se preocupar com o futuro de sua carreira.

— Acho que pensar que a doença pode prejudicar a minha carreira e o meu futuro é uma preocupação precipitada porque nem sei o que vou fazer amanhã. As tecnologias estão cada vez mais avançadas.


R7

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