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Victor Mateus
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Após leves variações, dólar passa a operar em alta
Depois de operar com leves variações ante o real nesta sexta-feira (11), o dólar opera em alta após ser fortemente pressionado na sessão passada pela decisão da Standard & Poor's de rebaixar o Brasil para o grau especulativo, com operadores adotando cautela antes de acontecimentos importantes marcados para os próximos dias.
Veja cotação da moeda ao longo do dia:
Às 9h10, recuava 0,28%, a R$ 3,8396.
Às 9h30, recuava 0,51%, a R$ 3,8307.
Às 10h, subia 0,15%, a R$ 3,8562.
Às 10h29, recuava 0,09%, a R$ 3,8467.
Às 10h39, subia 0,03%, a R$ 3,8517.
Às 11h, subia 0,59%, a R$ 3,8732.
Às 11h39, subia 0,87%, a R$ 3,8842.
Nesta manhã, a moeda dos EUA chegou a recuar 0,78%, a R$ 3,8202 na mínima, mas o movimento atraiu compradores em meio às perspectivas ainda incertas.
O operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva Filho identifica uma "busca por proteção de grande parte dos agentes diante de importantes fatos que vêm à frente", citando dados sobre economia chinesa a serem divulgados no fim de semana, a reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na semana que vem e o esperado anúncio de medidas do governo brasileiro para resgatar a credibilidade da política econômica.
Preocupações com a desaceleração da economia chinesa e com a perspectiva de alta dos juros norte-americanos têm elevado o dólar globalmente, somando-se no Brasil à apreensão com a deterioração das contas públicas e com a crise política que atravessa o país.
Na noite de quarta-feira, a S&P piorou a classificação de risco do Brasil para "BB+" ante "BBB-" e sinalizou que pode colocar a nota ainda mais dentro do grau especulativo ao atribuir perspectiva negativa ao rating. O mercado espera que o governo reaja anunciando medidas para reverter a perda de credibilidade.
"O próprio mercado sabe que, se a moeda americana ensaiar um movimento de disparada mais forte, o BC deve repetir a dose de leilões de linha vistos ontem", escreveu o operador da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Correa. O movimento de disparada foi contido pela atuação do Banco Central, que anunciou leilão de venda de dólares com compromisso de recompra.
Até agora, o BC apenas anunciou a continuidade da rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
Globo.com
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