O Campeonato Brasileiro deve acabar nesta segunda-feira – “deve”, porque é incerto o destino de Portuguesa e Fluminense no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O clube paulista será julgado no Rio de Janeiro pela primeira comissão disciplinar do STJD pela escalação do meia Héverton na última rodada do Brasileiro. Se for condenada, a equipe rubro-verde poderá perder pontos e ser rebaixada, salvando o Flu da Série B de 2014.
Héverton foi expulso na derrota fora de casa diante do Bahia por 1 a 0, pela 36ª rodada. Suspenso automaticamente na rodada seguinte (vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta em Campinas), o meio-campista saiu do banco para jogar 13 minutos no empate sem gols diante do Grêmio em São Paulo, em duelo pela 38ª rodada.
Héverton, porém, foi julgado no dia 6 de dezembro, sexta-feira, dois dias antes da partida no Estádio do Canindé, e pegou dois jogos de suspensão pela expulsão em Salvador. O atleta não poderia ter atuado diante do Grêmio, mas a Portuguesa afirma que não foi avisada a tempo pelo advogado Osvaldo Sestário, que representou o clube no julgamento. Sestário nega.
É justamente nesta punição que o Fluminense está de olho. O time foi rebaixado com 46 pontos, ocupando a 17ª posição – cinco posições atrás da Portuguesa, que somou 48 pontos. No entanto, caso seja punida, a equipe de São Paulo poderá perder quatro pontos. Assim, seria rebaixada e salvaria o Fluminense – oficialmente, o clube carioca não tem envolvimento com a denúncia contra a Portuguesa, mas é o principal interessado no caso.
O advogado da Portuguesa no julgamento desta segunda-feira, marcado para as 17h (horário de Brasília), será João Zanforlin. O profissional deve se apoiar na própria atuação de Héverton, que não influenciou no 0 a 0 contra o Grêmio, e alegar que não houve intenção, má-fé ou dolo da Portuguesa ao contar com o jogador na partida.
No entanto, independente da decisão tomada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro pelo STJD, a novela deverá se estender por mais alguns dias, uma vez que o clube que se sentir prejudicado poderá entrar com recurso junto ao Pleno do STJD.
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