A menos de seis meses para definições de coligações para disputa eleitoral do próximo ano, pelo menos sete partidos políticos na Paraíba ainda não decidiram com quem deverão marchar e continuam ‘solteiros’ na praça à espera de propostas atrativas para selar qualquer união. Muitos só vão iniciar as discussões após o Carnaval, outros só pretendem fechar a questão e decidir com quem vão ‘casar’ na reta final do prazo destinado as convenções partidárias, em junho, no período dos festejos juninos.
Integram o rol dos solteiros, partidos como o PPS, PEN, PTB, PR, PMN, SDD e PROS. Essas legendas ainda não decidiram com quem vão se coligar nas Eleições de 2014, tanto para disputa majoritária, quanto para proporcional. Os dirigentes partidários preferem dar continuidade aos preparativos internos, ao trabalho de fortalecimento da sigla e as definições das estratégias políticas que possam sagrá-los vencedores nas urnas. Além disso, consideram muito cedo para tomar qualquer tipo de posição e acreditam que os cenários para 2014 só começarão a ser definidos no ano eleitoral.
Discussão interna é prioridade
Outro partido que só vai deixar as definições sobre as alianças para as eleições no ano eleitoral é o PEN, presidido pelo deputado estadual Ricardo Marcelo, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba. Segundo ele, o momento é de priorizar as discussões internas, porque há muita coisa ainda a ser definida até junho de 2014, mês destinado às convenções partidárias para escolha dos candidatos que disputarão o pleito e deliberar sobre eventuais coligações.
Até o São João
Se depender do presidente estadual do PTB, o ex-senador Wilson Santiago, o partido só vai pensar em coligação em junho, dentro do prazo destinado para tratar da questão, e fazer os chamado ‘casamento’ com vista ao pleito de 5 de outubro. Segundo ele, o partido ainda não se reuniu para discutir sobre possíveis coligações, porque considera o prazo ainda distante. “Temos até o mês de São João para discutir essas questões. Por isso, não temos pressa. A ideia é iniciar essa discussão em abril, depois do Carnaval, mas só vamos fechar a questão só no meio do ano”, afirmou.
De acordo com Wilson Santiago, o PTB vem trabalhando para se for preciso disputar sozinho a disputa proporcional, sem precisar de coligações com outras legendas. Mas, vai aguardar, no entanto, as conversações políticas com outras legendas, no sentido de verificar se será melhor fazer composições ou não. “Podemos partir para disputar solteiro, ou compondo com outras siglas, tudo vai depender das definições que teremos pela frente, principalmente no ano eleitoral, quando ocorrerão as deliberações”.
“Cada eleição é uma novidade”
O deputado federal Wellington Roberto, presidente do PR na Paraíba, disse que está muito cedo para tratar de coligações. Segundo ele, o partido segue, por enquanto na ‘carreira solo’, com proposta para reativar casamento celebrado nas eleições do ano passado, em Campina Grande, com o PMDB, na qual o seu filho Bruno Roberto, foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pela peemedebista Tatiana Medeiros, mas que não tem ainda nada certo.
“Seguimos solteiro. Porque além de ser muito cedo, cada eleição é uma novidade. Não temos nada ainda a afirmar sobre com quem vamos marchar na disputa majoritária. Temos uma simpatia pelo PMDB, mas tudo vai depender se haverá cumprimentos dos acordos e qual será o espaço que o PR terá na coligação”, comentou.
Wellington Roberto disse ainda que o partido está aberto ao dialogo e as propostas dos partidos que vão lançar candidatura própria ao Governo do Estado e poderá avaliar as propostas que serão apresentadas. “Temos muito tempo para isso. Até mesmo para esperar as definições dos cenários, quantas candidaturas serão lançadas e verificar as opções”, afirmou.
A presidente do PMN, a jornalista Lídia Moura, também está aberta a conversações com vista às alianças para as eleições do próximo ano. Segundo ela, o partido fez uma intensiva campanha de filiações, com a qual conseguiu atrair lideranças e a prioridade será a composição das chapas para disputa de deputado federal e estadual. “Não estamos preocupados com a disputa majoritária. Nosso foco é eleger pelo menos um deputado federal e dois estaduais. Vamos trabalhar para isso. Mas ainda não definimos nada sobre coligações”, revelou;
Lídia Moura disse que atualmente o PMN conta com 34 potenciais candidatos a disputa proporcional, dos quais 25 já manifestaram o interesse de disputar uma vaga de deputado estadual e 10 a deputado federal. Disse ainda que não há veto do partido a nenhum dos pré-candidatos ao Governo do Estado. “Começamos as discussões internas. Mas a partir de março, vamos abrir o processo de diálogo com outros partidos. Já tivemos até o aval da direção nacional para isso”, declarou Lídia Moura. (AR)
Projeto definido, alianças não
Apesar de já ter definido que terá candidatura próprio ao Governo do Estado, o PROS, uma dos mais novos partidos que disputarão as eleições do próximo ano, integra a categoria dos que estão só na Paraíba. O deputado federal Major Fábio, presidente estadual da sigla disse que vai procurar se coligar com outros partidos. “Até agora não fechamos com nenhum partido. Mas temos um projeto definido, que é o de lançamento de candidatura própria ao Governo Estado, além da execução de um trabalho permanente para fortalecimento do PROS para disputa eleitoral”, declarou.
Major Fábio disse que chegou a ser procurado por partidos que formam o blocão - PP, PT e PSC - e por outras legendas, que fazem oposição ao governador Ricardo Coutinho, mas não avançou nas conversações porque todos intencionam lançar candidato próprio ao governo. “Não abrimos mão do nosso projeto, do qual sou pré-candidato. Cheguei até a ser convidado para participar das reuniões do blocão, mas não aceitamos porque não vamos abrir mão de nossa candidatura. Estamos aberto ao diálogo, conversando, mas ainda não batemos o martelo no que diz respeito a coligações” afirmou o parlamentar.
Outro novo partido que ainda não decidiu sobre coligações para disputa do próximo ano na Paraíba, é o SDD. Presidido pelo deputado federal Benjamim Maranhão, a legenda recém criada só não está solteira no âmbito nacional, onde já celebrou aliança com o PT para reeleição da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, no que diz respeito ao processo eleitoral no Estado, a sigla continua solteira e deverá permanecer assim, como afirmou o presidente, até maio. “Está muito cedo para decidir sobre coligações no Estado”. (AR)
Jornal Correio da PB
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