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Victor Mateus

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dólar sobe quase 2% e chega a R$ 2,43




Dólar sobe quase 2% e chega a R$ 2,43O dólar subiu quase 2% e encostou em R$ 2,43 nesta quinta-feira, turbinado por expectativas sobre o futuro das políticas monetárias dos EUA e da Europa e por preocupações sobre as eleições no Brasil.


Investidores compravam a moeda norte-americana em busca de proteção cambial antes da divulgação de novas pesquisas eleitorais nesta semana. Além disso, muitos testavam a tolerância do Banco Central à recente pressão no câmbio, que alimenta ainda mais a inflação.


O dólar avançou 1,95%, a R$ 2,42 reais na venda, após bater R$ 2,43 reais na máxima do dia, maior nível intradiário desde 13 de fevereiro. A alta desta sessão foi a maior desde 5 de novembro de 2013, quando a divisa avançou 1,98%.


"Há um movimento generalizado de alta do dólar que está respingando aqui", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, lembrando que o mercado há tempos vem se ajustando para alta nos juros nos Estados Unidos no próximo ano. "Não dá para sustentar um dólar barato com isso em mente".


No exterior, o dólar chegou a bater a máxima em quatro anos contra uma cesta de divisas, com investidores estimando que a política monetária da Europa se tornará mais expansionista, enquanto a dos EUA ficará mais apertada.


Apesar do alívio europeu, a perspectiva de que os juros devem subir já no ano que vem na maior economia do mundo, possivelmente atraindo recursos aplicados em outros países, tem golpeado moedas de países emergentes. O dólar também tinha forte alta contra moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano.


No Brasil, a pressão externa vem junto com incertezas sobre as eleições presidenciais de outubro. A atual presidente Dilma Rousseff (PT), cuja condução da política econômica tem sido alvo de críticas nos mercados, tem ganhado força nas últimas pesquisas de intenção de voto e encostado em sua rival Marina Silva (PSB) em um esperado segundo turno das eleições.


Segundo analistas, investidores compravam dólares para se proteger da possibilidade de que Dilma avance ainda mais nas próximas pesquisas eleitorais. O próximo levantamento do Datafolha, que é atentamente monitorado pelo mercado, deve ser divulgado ainda nesta semana.


"Nosso cenário local, aos olhos do mercado, é muito ruim. Qualquer espirro lá fora se torna uma enchente aqui, e hoje a pressão no mercado internacional é bem mais forte que um espirro", afirmou o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.


Em uma tentativa de conter a alta do dólar, o BC aumentou suas intervenções no câmbio nesta semana, ampliando os leilões de swaps cambiais para rolagem logo após o dólar fechar a R$ 2,40 pela primeira vez em sete meses. Isso levou investidores a avaliar que o BC quer evitar cotações acima desse nível por medo de impactos inflacionários.


"Entende-se que o BC entra em estado de alerta quando o dólar chega nesse patamar", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.


A ação do Banco Central levou o dólar a cair quase 1% na quarta-feira. Nesta sessão, no entanto, investidores elevaram as cotações da moeda para testar a disposição do BC em defender o real.


Pela manhã, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 3,5 mil contratos para 1º de junho e 500 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 198,2 milhões.


O BC também vendeu a oferta total de até 15 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro. Ao todo, já rolou cerca de 75 por cento do lote total, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.


Segundo dados da BM&F, o giro financeiro do mercado à vista nesta sessão ficou em torno de US$ 1 bilhão, um pouco abaixo da média diária deste mês, de US$ 1,2 bilhão.


Apesar do volume relativamente fraco no mercado à vista, o giro cresceu no mercado futuro, que permite maior alavancagem aos investidores. Foram negociados 433 mil contratos de dólar para outubro, acima da média dos últimos 30 pregões, de 350 mil contratos.



Terra

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