Responsável do Corinthians por conduzir a construção do estádio do clube, Andrés Sanchez tem entre suas atribuições a busca por um parceiro para dar nome à arena. Nesta sexta-feira, o ex-presidente alvinegro citou algumas das dificuldades na procura pelo investidor e revelou que as críticas à Copa do Mundo deixam potenciais interessados cautelosos.
"Existe dificuldade um pouco pelos valores e também por essa reclamação toda que está tendo, porque falam de Copa do Mundo, mas é futebol. Associar o nome a um clube de futebol, com esta rejeição, dificulta um pouco. O cara (investidor estrangeiro) não entende que é uma parte pequena da população, mas acredito que vai se concretizar (o acordo)", afirmou.
A intenção de Sanchez é conseguir R$ 400 milhões pelos naming rights da Arena Corinthians e está em negociações com interessados dos Emirados Árabes. Durante palestra para estudantes da FASM, na noite desta sexta-feira, o ex-presidente corintiano não se disse contra os protestos, mas lamentou a forma como alguns são feitos.
"Sou oriundo de sindicato, assim como minha família toda, e sempre fui a favor de cobrar, reclamar e exigir melhorias em tudo, mas acho esquisito perto da Copa ficar dizendo se vai ter ou não e que tem de parar, invadir e quebrar. Alguns membros de algumas associações estão aproveitando essa onda de Copa para mostrar a cara e fazer reivindicação", afirmou o corintiano, que completou.
"Seria ridículo uma pessoa achar que não precisa de hospital, escola e segurança. Sabemos disso há 20 anos, mas não vai ser nos três meses antes da Copa que vão definir. Fico um pouco indignado com isso, mas somos democráticos e temos de conviver", acrescentou Andrés, lembrando ainda que a arena corintiana nunca foi danificada em manifestações na capital.
Na busca pelo investidor para o estádio, o ex-presidente prefere não dar prazo para a conclusão das negociações, mas mantém sua irritação com o apelido Itaquerão. Sempre que algum jornalista ou aluno fazia pergunta referindo-se ao estádio pela alcunha, Sanchez fechava o semblante e rebatia. "Eu não conheço nenhum Itaquerão", reclamava.
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