‘Fenômeno’ de rompimento entre prefeito e vice se propaga no litoral sul da Paraiba

  

Repetindo os problemas políticos já evidenciados no município de Sousa, onde o vice-prefeito, José Célio, rompeu politicamente com o prefeito, André Gadelha, o município de Alhandra, importante cidade do litoral sul, é outro que enfrenta um período de turbulência no executivo municipal, tudo por conta da suposta falta de sintonia, também entre o prefeito Marcelo Rodrigues (PMDB) e o vice Cal Lucena, também do PMDB.

A crise era comentada apenas nos bastidores, mas agora, após seis meses de gestão, a situação teria piorado e o vice, começado a desabafar junto a lideranças aliadas sobre o desconforto com a postura centralizadora e ditatorial do chefe do executivo. A primeira dama seria um dos estopins do mal estar. Segundo uma fonte ligada ao vice-prefeito e que pediu anonimato, a esposa do prefeito estaria tendo mais poder que o próprio vice, indicando e exonerando ao bel prazer e ainda vetando as indicações sugeridas por Lucena.

Conforme a fonte é nítido o estremecimento politico entre os peemedebistas e a oficialização do rompimento pode ser apenas uma questão de dias, já que o descontentamento é público e notório.

Caso oficializado o racha, o prefeito ainda corre o risco de sofrer uma grande baixa também no parlamento municipal, visto que alguns vereadores do PMDB já estariam sinalizando seguir às orientações do vice-prefeito Cal Lucena e desfalcar a bancada que dá sustentação ao Governo na Câmara Municipal da cidade.

Grande família

Além do ‘poder’ atribuído a primeira dama, o vice-prefeito também estaria insatisfeito com a nomeação de alguns familiares do prefeito na gestão que, apesar de não se enquadrarem em nepotismo graças às brechas da lei, não seriam aptos para realizar as funções para que foram designados.

“Pessoas que não tem a mínima habilidade”, disse a fonte.

A crise está deflagrada e o rompimento para ser consumado basta apenas uma faísca. O PB Agora permanece atento aos bastidores da política

Henrique Lima/ Márcia Dias

PB Agora