Os representantes da classe estudantil de Campina Grande e sindicalistas pretendem promover uma mobilização nesta sexta-feira (01) contra o aumento do preço da passagem de ônibus que subiu de R$ 2,10 para R$ 2,20. O reajuste foi assinado pelo prefeito Romero Rodrigues (PSDB), no último sábado e passou a vigorar na última segunda-feira (28). Outras entidades representativas devem ser convocadas em caráter de urgência para que os protestos ocorram já nos próximos dias.
“Campina Grande é uma cidade pequena em relação à oferta do transporte coletivo. Em cidades como João Pessoa, por exemplo, que a distância percorrida é bem maior e existe um número grande de veículos, o preço é praticamente o mesmo, o que proporcionalmente deixa a tarifa de Campina Grande muito cara. As empresas alegam gastos com funcionários, mas elas demitiram praticamente todos os cobradores, ou seja, não houve aumento no número de contratações. Esse aumento é um absurdo, e nós vamos lutar contra ele”, afirmou o representante do DCE da UFCG.
Já Alberto Alves, presidente do DCE da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), disse que o que está acontecendo em Campina Grande é uma padronização de reajuste anual para o setor de transportes. Ele disse que há bastante tempo o reajuste vem sendo de R$ 0,10 e que a classe estudantil e trabalhadora estão sendo as mais prejudicadas.
“Todo ano acontece a mesma coisa. É um processo que está viciado. Ao invés de estarmos discutindo a melhoria do sistema de transporte e a implantação do passe livre universal, temos que lutar contra esse aumento abusivo”, disse.
Sobre a mobilização, os representantes dos estudantes confirmaram que a concentração deverá acontecer na Praça da Bandeira, provavelmente no começo da manhã. Eles apontaram que o decreto assinado no último sábado e a cobrança da nova tarifa numa segunda-feira prejudicou a organização do movimento. “Não podemos esperar muito. Até o final desta semana deveremos fazer diversos movimentos partindo da Praça da Bandeira e indo até a porta dos responsáveis por esse processo”, acrescentou Alberto, presidente do DCE da UEPB.
Em João Pessoa, os estudantes também pretendem realizar uma manifestação contra o reajuste no valor da tarifa do transporte público. A decisão foi tomada, após mais uma reunião dos representantes da categoria com o prefeito Luciano Cartaxo (PT).
Segundo Athamir Araújo, diretor da Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas, membro ativo do movimento que, segundo ele, não apresenta liderança e já obteve a adesão de mais de 500 estudantes, desde a primeira passeata, as manifestações pedem a redução dos R$ 2,35 estabelecidos para R$ 2,20, como vinha sendo cobrado. Ele acredita que as mobilizações estudantis podem crescer, obtendo, inclusive, o apoio popular, mesmo após o prefeito da Capital ter destacado que um reajuste para o valor anterior poderia fazer com que o transporte público da cidade entrasse em colapso.
O grupo Contra o Aumento JP surgiu em janeiro de 2011, quando houve um reajuste de R$ 1,90 para 2,10. “Desde então, realizamos fóruns e reuniões todos os anos, organizados pelas redes sociais da internet”, contou o diretor do grupo de estudantes.
PBAgora
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