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Victor Mateus

sábado, 11 de maio de 2013

Quadrilha do Acre mirava verbas do SUS




Quadrilha do Acre mirava verbas do SUS
Gildo Cesar (camisa rosa), diretor do Depasa preso pela PF e casado com uma prima do governador, é o responsável pelo programa Ruas do Povo, um dos carros-chefes do governo do Acre (Agência de Notícias do Acre)

Dentre as fraudes identificadas pela Polícia Federal na Operação G-7, que desmontou um esquema de desvios no governo do Acre, chama especial atenção uma na área da saúde, envolvendo o sobrinho do governador Tião Viana (PT), Thiago Paiva, diretor de análises clínicas da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo a polícia, contratos estavam sendo fraudados para desviar recursos provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das empresas contratadas pelo governo teve o atestado de capacidade técnica assinado por um de seus próprios sócios.

Além de Thiago Paiva, também foi preso o secretário estadual de Obras do Acre, Wolvenar Camargo Filho. Os dois e outras treze pessoas presas, entre elas empreiteiros e funcionários públicos, são acusados de cometer fraudes em licitação de diversas obras públicas, inclusive casas populares. Cento e cinquenta agentes da polícia cumprem ainda 34 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Tarauacá e Rio Branco.

Também foram presos João Francisco Salomão, ex-presidente da Federação das Indústrias do Acre, o empresário Sergio Nakamura, afilhado político do senador Jorge Viana (PT-AC), irmão do governador, e Gildo Cesar Rocha, diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento do estado, que é casado com uma prima de Tião Viana.

Fraudes - A operação foi batizada de G-7 porque era assim que o grupo de sete empreiteiras se autodenominava, já que sempre vencia as licitações que concorriam. A descoberta dos 4 milhões de reais desviados até o momento é apenas a ponta do iceberg. Com as buscas e apreensões, a polícia irá se debruçar sobre dezenas de outros contratos firmados com essas empresas.

A maior parte das fraudes foi detectada em obras de pavimentação. Há casos em que a empresa recebeu todo o valor do contrato, mas só realizou a terraplanagem, outros em que a pavimentação teve início, mas ficou inacabada e há até mesmo locais em que o asfalto se encontra em péssimo estado de conservação três meses depois da conclusão da obra. Segundo a polícia, um pavimento deve durar em torno de vinte anos. Algumas das obras investigadas fazem parte do programa Ruas do Povo, um dos carros-chefes publicitários do governo Viana, que anunciou em abril a pavimentação de mais de 600 quilômetros de ruas em todo estado, ao custo de 370 milhões de reais.

Segundo a polícia, os presos são acusados de cometer os crimes de falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.

O governador Tião Viana divulgou nota de apoio à operação policial, mas fez questão de dizer que “enquanto não houver um juízo condenatório, quer seja na esfera judicial, quer seja na esfera administrativa, é justo fazer, com absoluta consciência, a defesa à integridade moral de secretários e técnicos de governo supostamente envolvidos em fatos tornados públicos”.


PB Agora

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