O ex-goleiro Bruno Fernandes e mais quatro envolvidos no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-modelo e amante de Bruno que está desaparecida desde junho de 2010, enfrentam júri popular nesta segunda-feira (19). O processo, composto por 38 volumes e mais de 9.400 páginas, é considerado um desafio ao Ministério Público (MP), que acusa os réus pelo sequestro e assassinato de Eliza. No entanto, seu corponunca foi localizado.
Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, e Wemerson Marques, funcionário do jogador, e também são réus no caso. Eles respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Porém, por questões administrativas, o processo precisou ser desmembrado. Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) de Minas, eles também serão levados a júri popular, mas a data ainda não foi definida.
Mais cauteloso, Zanone Manuel de Oliveira, advogado de Bola, acredita que enfrentará um desafio no júri ao “lutar contra a imagem de um homem frio, cruel e executor” que a imprensa atribuiu ao seu cliente. “Se o júri permanecer ausente de tudo isso, a ausência de provas resultará em absolvição”, disse Oliveira citando a falta de um corpo e provas concretas de Eliza foi assassinada. “Esse caso deveria ser investigado pela Delegacia de Desaparecidos, não pela equipe de Homicídios.”
Júri popular e testemunhas
Serão convocados 25 moradores de Contagem para participar do sorteio do júri popular. Todos devem ser maiores de 18 anos e sem antecedentes criminais. Sete deles serão escolhidos por sorteio. Defesa e acusação podem utilizar o veto, caso desejem trocar algum jurado.
O TJ estima que o julgamento, conduzido pela juíza Marixa Fabiane Rodrigues, possa durar de 10 a 15 dias. Parte disso, é atribuido ao grande número de testemunhas que devem ser ouvidas pela juíza. Ao todo, 30 testemunhas foram chamadas – cinco de acusação arroladas pelo Ministério Público e 25 de defesa. Após os depoimentos, os réus começam a ser interrogados.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, responsável pela acusação, informou que acredita na condenação de todos os réus. Jorge Lisboa Rosa, de 19, primo do ex-goleiro, à época menor de idade e com o depoimento que causou uma reviravolta no caso, era uma das testemunhas de acusação, mas ele decidiu que não irá depor por medo. Em seu lugar, foi chamada a assistente socioeducativa Renata Garcia da Costa, que acompanhou a primera oitiva de Rosa à polícia.
As outras quatro testemunhas de acusação são: delegada Ana Maria dos Santos, que ouviu o adolescente; Cleiton Gonçalves, ex-motorista de Bruno Fernandes; uma testemunha do depoimento de Cleiton à polícia; e Jaílson Alves de Oliveira, detento que teria ouvida a confissão de Bola sobre o assassinato de Eliza.
IG
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