A leoa Salete 1, que vive no parque temático Beto Carrero World, localizado no município da Penha (113 km de Florianópolis), está recebendo cuidados especiais desde que foi diagnosticada com o vírus da Aids felina (FIV). O vírus age de forma parecida com o HIV, que atinge os humanos, debilitando o sistema defensivo do organismo, mas se transmite apenas entre felinos.
“Nós recebemos as duas leoas de Salete, por isso as batizamos assim”, disse a bióloga e coordenadora Kátia Cassaro, que afirma ter acolhido os animais “por humanidade”. O parque já tinha 11 grandes felinos, leões brancos africanos e tigres de bengala.
Em junho passado, todos fizeram testes para detectar se estavam com a doença conhecida como Aids felina.
“Não” Ao saber da intenção do parque de sacrificar Salete 1, o Ibama protestou. “Definitivamente não”, afirmou o chefe da fiscalização do órgão em Santa Catarina, Alessandro Queiroz. Ele então consultou o Santuário Rancho dos Gnomos, em Cotia (Grande São Paulo), sobre a possibilidade de acolher a leoa soropositiva. A resposta do santuário foi afirmativa.
Ocorre que o Ibama já não interfere mais diretamente em assuntos do meio ambiente em São Paulo –primeiro Estado brasileiro que mudou a política do setor. Agora tudo passa pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente. E a secretaria atestou que o Rancho dos Gnomos não tinha condições, naquele momento, de recolher mais leões.
“Aí o parque Beto Carrrero reviu sua posição e se comprometeu em manter Salete em boas condições”, disse Queiroz. Mas agora o Rancho dos Gnomos quer a leoa. Uma campanha foi lançada na internet, e o último post no site do santuário, do dia 25 deste mês, afirma que “o Rancho dos Gnomos quer salvar; Parque Beto Carrero World quer eutanasiar”.
A bióloga Kátia diz não concordar com a informação. “Vamos cuidar bem da Salete 1 enquanto for preciso. Mas, por nós, a leoa pode ser levada por quem quiser cuidar dela. O interessado só precisa de uma autorização do Ibama.”
Horário diferenciado Salete 1 tem mais ou menos 13 anos de idade, dos 20 que um leão geralmente vive em cativeiro. Ela come cinco quilos e meio de carne e vísceras por dia. A leoa está atrás de duas grades, por precaução. Quando vai para o pátio de sol, fica sozinha.
Kátia explica que a medida de isolar a bichana é apenas preventiva.
Uol
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