PDT quer reavaliar posição sobre futuro de Lupi, diz presidente da sigla
Segundo Figueiredo, partido não deve pedir saída do ministro abertamente.
Ele não descarta, porém, recomendação interna para demissão.
O presidente interino do PDT, André Figueiredo, afirmou nesta sexta-feira (2) ao G1 que convocará uma reunião no início da próxima semana para “reavaliar” a posição do partido em relação ao futuro político do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
“Na semana passada, nos manifestamos favoráveis em relação à permanência do ministro. Agora, lógico que as situações mudam. Na próxima semana deveremos ter reunião para avaliar. Temos que reavaliar periodicamente. O partido não pode ficar vendo seu nome ser pautado negativamente e ficar inerte”, disse.
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Figueiredo afirmou que PDT não deve pedir abertamente a saída do ministro, mas não descartou que possa haver uma recomendação interna para que Lupi deixe o cargo em prol da imagem do governo e do partido. “[Defender internamente a saída de Lupi] Isso não é descartado. Tem pessoas que defendem essa tese. Mas acho que ele saberá, no momento que julgar adequado, a conveniência política de permanecer ou não no cargo”, afirmou.
O deputado afirmou que recebeu com “surpresa” e considerou “rigorosa” a decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência de recomendar à presidente Dilma Rousseff que demita Lupi. “A posição do PDT em relação à questão da Comissão de Ética é de surpresa, porque foi muito rigoroso. Acho que a Comissão e deveria ter chamado Lupi a esclarecer a denúncia pessoalmente, até porque ele não tem se esquivado de prestar explicações”, disse.
Cabe ao bom senso do ministro avaliar a conveniência de ficar ou não no cargo"
André Figueiredo, presidente interino do PDT
Para o presidente do PDT, cabe ao “bom senso de Lupi” definir se deve deixar o ministério diante da sugestão do órgão consultivo da Presidência. “Um posicionamento como esse é uma decisão que pesa, pautou a manchete dos grandes jornais e portais, e cabe ao bom senso do ministro avaliar a conveniência de ficar ou não no cargo”, disse.
O deputado afirmou ainda que o partido espera explicações do ministro sobre a denúncia de que teria acumulado, durante quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos (Câmara dos Deputados e Câmara Municipal do Rio de Janeiro). Para ele, a situação de Lupi “não é nada confortável”.
“Em relação à questão do duplo emprego, ele ficou de explicar. A situação há quase 30 dias que não é nada confortável. A gente vê o nome do ministro e do PDT sendo pautado diariamente em manchetes negativas. A gente tem se reunido constantemente para discutir a situação”, disse.
fonte.g1 pb
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