A tarefa pode ficar mais tranquila caso as japonesas sejam derrotadas pela frágil Bélgica, em duelo ainda neste sábado. O título brasileiro pareceu ameaçado após um tropeço diante da Turquia na estreia nesta fase, porém, desde então, as comandadas do técnico José Roberto Guimarães conseguiram fazer grandes partidas e contaram com derrotas das adversárias para chegar ao último dia dependendo apenas de si para levantar mais um caneco.
O jogo O Brasil saiu atrás do placar, após um bloqueio da oposta Kosheleva. Mas logo Sheilla atacou bem para empatar e dar o sinal para que Thaisa demonstrasse que um saque bem encaixado faria a diferença na partida. A central, que vive ótima fase neste fundamento, quebrou o passe russo e ajudou a seleção brasileira a fazer cinco pontos consecutivos. Concentradas, as brasileiras jogavam com seriedade e dificultavam a vida adversária. Sempre espertas, as russas passaram a jogar bolas mais altas e levaram vantagem em determinados lances, não deixando o Brasil abrir muita vantagem no placar. Porém, as bicampeãs olímpicas voltaram a sacar muito bem, com destaque desta vez para saques rasantes de Fabiana, e abriram sete importantes pontos (16/9), gerando um tempo técnico.
Após a breve parada, as meninas douradas voltaram arrasadoras. Demonstrando uma combinação perfeita entre recepção, levantamento, bloqueio e ataque, as brasileiras deram show e fecharam o primeiro set em 25/12, após 21 minutos de partida na capital japonesa.
A Rússia voltou mais vibrante no segundo set e equilibrou as ações, principalmente por conta das bolas altas, principalmente com Goncharova e Kosheleva, que dificultavam o bloqueio brasileiro. O jeito era novamente sacar bem para dificultar o passe russo. E a técnica foi dando certo. A seleção brasileira começou aos poucos a se distanciar no placar. Como aconteceu em diversas partidas neste Grand Prix, as centrais Thaisa e Fabiana jogavam em alto nível e faziam a diferença para o Brasil. Era a primeira quem comandava o marcador, bloqueando muito bem e não desperdiçando ataques no meio de rede. Graças a bons saques de Sheilla, a seleção abriu sete pontos (15/8) e demonstrou que dificilmente não abriria 2 sets a 0, mesmo que a Rússia vivesse bons momentos e ameaçasse encostar no placar. Elas chegaram a assustar as brasileiras ao diminuir a vantagem para 19/16.
O terceiro set manteve a mesma tônica. A Rússia bem que tentava dominar as ações, mas brecava nos bloqueios de Thaisa e nos ataque de Fabiana e Sheilla, sem contar as defesas precisas da líbero Camila Brait. A cada ponto conquistado, as meninas do Brasil vibravam muito, demonstrando o quanto é bom ganhar da Rússia. Sacando bem em mais um set, as brasileira dificultavam a recepção das oponentes e iam abrindo vantagem em momentos importantes. Mesmo assim, as russas não esmoreciam e ainda acreditavam que era possível virar o jogo. Esse sentimento ficou mais evidenciado quando elas diminuíram a vantagem para 15/13.
Foi necessário pedir um tempo técnico para acalmar os ânimos. E a parada caiu muito bem. Apesar de ter a adversária o tempo inteiro na cola, a seleção brasileira teve tranquilidade para fazer ponto atrás de ponto, sabendo explorar o bloqueio e não se intimidando com a catimba russa, que reclamava de quase todas as marcações. Mas a vitória das bicampeãs olímpicas era questão de tempo. E coube a Fernanda Garay fazer o ponto decisivo, fazendo o Brasil fechar em 25/20 o terceiro set e o jogo em 3 sets a 0, mostrando que está doido para conquistar o décimo título do Grand Prix.
Na partida que abriu a rodada deste sábado, em um duelo muito disputado, a China venceu a Turquia por 3 sets a 2 (25/22, 18/25, 22/25, 25/23 e 21/19). Apesar do revés, o grande destaque individual foi a ponteira turca Ozsoy Neriman, que marcou 36 pontos. Pelo lado chinês, quem mais pontuou foi a ponteira Liu Xiaotong, com 26 pontos. As chinesas ultrapassaram as turcas na classificação e ocupam a quarta colocação, com cinco pontos, um a mais do que as europeias.
Globoesporte
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