“Já passei por todos os especialistas possíveis. Até médicos de ouvido e garganta já consultei e eles falam que a doença é uma conjuntivite lenhosa, que é a falta de uma enzima chamada plasminogênio. No entanto, já fiz diversos exames que eles solicitaram e todos deram resultados normais”, conta a professora.
Desde os 15 anos, Laura sofre com o problema, o preconceito e a falta de informação. Ela diz que, na rua, as pessoas se afastam com medo de ser uma doença contagiosa e não consegue trabalhar porque não existe uma rotina, já que a membrana pode sair do olho a qualquer momento. “Sou professora e trabalho com crianças, mas não dá para exercer minha profissão porque o olho fica inchado e quando me agacho, a membrana começa a sair. Tenho vergonha de sair de casa porque a membrana não tem hora para sair e nem para terminar”, alega Laura.
“O último médico que eu fui disse que não tem cura e que tenho que conviver com a doença, mas não acredito nisso. A dor que eu sinto é muito grande, é como se eu tivesse levado um soco, por isso, acho sim que existe uma cura”, diz a professora que conta que o único tratamento que faz é colocar água gelada nos olhos quando eles estão irritados.
“Nunca tinha visto um caso semelhante. Apesar de não ter visto a paciente, a situação dela pode ser um caso atípico de conjuntivite lenhosa, mas não conseguimos encaixar na patologia comum devido ao aspecto da membrana cair facilmente do olho dela”, explica o oftalmologista.
Segundo o especialista, o caso de Laura pode ser uma conjuntivite lenhosa atípica porque geralmente, a membrana formada nos olhos só consegue ser retirada em um centro cirúrgico. Além disso, de acordo com André, o diagnostico da professora de Lins pode ser apenas clínico. “Com certeza ela já deve ter feito uma biópsia da membrana e, se deu tudo normal, o caso fica ainda mais misterioso”, diz o médico com mais de 20 anos de experiência.
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