“Por exemplo, em São Bento, divulgamos fotografias e transferimos alguns detentos que oferecem risco à normalidade do Sistema para a Cadeia Pública de Catolé do Rocha, que tem mais condições de abrigar esses apenados”, explicou Arnaldo Sobrinho. “No entanto, a recaptura de foragidos é muito complicada. Há vários fatores que atrapalham o serviço da polícia. Um deles é que parentes, pessoas de outras cidades dão proteção a esses presos”, completou.
Entre os detentos foragidos nas duas cidades estão assaltantes e homicidas. “São detentos que, geralmente, têm um perfil violento e que oferecem grandes riscos ao funcionamento normal do Sistema Penitenciário da Paraíba. Contra esses detentos, temos o serviço de inteligência que busca se antecipar a qualquer prática delituosa dentro das unidades prisionais. Quando percebemos qualquer ação que objetiva fuga ou rebelião, agimos. Se necessário, acionamos a Justiça para realizarmos a transferência de presos”, afirmou Arnaldo Sobrinho. Sete dos nove detentos que fugiram da Cadeia Pública de São Bento, no Sertão do estado continuam sendo procurados. A fuga ocorreu no dia 12 de junho e no dia posterior dois foram recapturados. Uma das medidas tomadas pela Seap foi a exoneração do diretor da unidade prisional por considerar que houve facilitação de fuga.
No dia 30 de junho, quatro detentos com o auxílio de cordas fugiram da Cadeia Pública de Mamanguape, Litoral Norte do estado. Com relação a esse caso, Arnaldo Sobrinho informou que apenas um detento foi recapturado. Fuga em Mamanguape
Com o auxílio de cordas, quatro detentos fugiram de uma cela no primeiro andar da cadeia pública de Mamanguape, cidade do litoral norte da Paraíba. A fuga aconteceu na madrugada do dia 30, quando os presos serraram as grades da cela para conseguir sair. Segundo a polícia, entre os fugitivos estão dois homens que fugiram da mesma maneira e pela mesma cela no ano passado.
Fuga em São Bento
Na tarde do dia 12 de junho, nove detentos fugiram da Cadeia Pública de São Bento. De acordo com a Polícia Civil, a fuga aconteceu pelo telhado das celas onde os presos estavam detidos. O delegado do município, Rodrigo Pinheiro, explicou que os detentos destruíram parte da parede e da proteção da cela. “Não sabemos como foi quebrado, mas eles conseguiram destruir uma parte e armar uma rede, por onde eles escalaram”.
Exoneração de diretor
Após a fuga dos detentos da Cadeia Pública de São Bento, o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Wallber Virgolino determinou a exoneração do diretor da unidade prisional por considerar que houve facilitação, de acordo com o levantamento das investigações preliminares. A hipótese de facilitação da fuga é a principal linha de investigação, segundo Wallber Virgolino.
“A possibilidade de facilitação é a principal linha de investigação e a fuga é uma retaliação ao forte disciplinamento empreendido pela Seap com o corte de regalias desde o mês abril na Cadeia Pública de São Bento, onde o banho de sol foi reduzido, os presos passaram a ficar trancados nas celas, foi determinado um corte em visitas privilegiadas para alguns detentos fora dos horários de visitação comum, a fiscalização das visitas se intensificou, a cobrança por disciplina tanto por parte de apenados quanto de servidores públicos foi aumentada”, disse Wallber Virgolino à época.
Redação
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